Um dos principais gargalos do turismo no Brasil é o apagamento internacional. Anualmente, o país recebe cerca de 6 milhões de turistas do exterior, número que, muitas vezes, conta pelo número de visitantes de uma única estância turística em outros países. Apesar disso, o Bacen (Banco Central) revelou dados que indicam uma melhora nesse sentido. Neste agosto, os gastos de estrangeiros foram 38,7% superiores em relação ao mesmo período de 2022, montante que é maior, inclusive, que o registrado para o mês em 25 anos, e o MTur (Ministério do Turismo) enxerga os dados com otimismo.

Os turistas deixaram cerca de R$ 3,22 milhões no país, o que, no acumulado do ano, chegou a R$ 22,2 bilhões, valor 7% maior que o atingido no mesmo período de 2019. Para o líder do MTur, Celso Sabino, esse marco reflete a crescente atração do Brasil como destino turístico mundial. “Os viajantes internacionais estão voltando com força total ao Brasil. Esses números revelam não apenas a força do nosso país como um destino turístico diversificado, mas também a confiança dos estrangeiros de que o nosso país está de volta, com sua bela cultura, atrativos naturais, gastronomia e muitos mais”, disse. 

De janeiro a agosto de 2023, o Brasil recebeu mais de 4 milhões de visitantes internacionais, número já é mais que o dobro (111%) do registrado em todo o ano de 2022. Apenas em agosto, foram mais 365 mil turistas. Até o final de 2023, a estimativa é que país registre 6,7 milhões de estrangeiros no país, o que demonstraria um aumento de 33% em relação ao ano passado.

Painel de Dados do Turismo

Em setembro, a Embratur, o Ministério do Turismo e a Polícia Federal lançaram o Painel de Dados do Turismo. O objetivo da plataforma é dar maior visibilidade ao turismo internacional e promover a atração de turistas estrangeiros ao Brasil. O site torna possível criar perfis de consumo (personas) relacionados aos principais destinos brasileiros e também de concorrentes internacionais

As informações dos painéis foram captadas pelas equipes da Polícia Federal, Banco Central e Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e leva em conta dados por pessoas que se alto declaram turistas, abordando o fluxo de turistas estrangeiros, o número de voos e o número de assentos em formato de gráficos, com números e bases abertas, em uma comparação ano a ano.

(*) Crédito da foto: Freepik