O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro deve fechar 2021 com alta de 4,7%, apontam dados divulgados hoje (15) pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas). O avanço foi registrado após aumento de 0,8% em dezembro, segundo o Monitor do PIB. O resultado é uma prévia dos números oficiais do governo federal, que será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Pela ótica da produção, os três grandes setores de atividade (agropecuária, indústria e serviços) registraram alta no ano, com taxas de 0,6%, 4,4% e 4,7%, respectivamente. Na análise trimestral, o PIB alcançou, na série com ajuste sazonal, crescimento de 0,7% no quarto trimestre, em comparação ao trimestre anterior, que apresentou retração de 0,1%. Frente a igual período de 2020, o indicador cresceu 1,9%.

“A economia brasileira em 2021 compensou a queda do ano anterior, crescendo 4,7% graças, principalmente, ao avanço do setor de serviços em virtude do aumento da vacinação. Todos os componentes, tanto da oferta, quanto da demanda, apresentaram crescimento. Pelo lado da oferta, os destaques foram Construção, Transportes, Serviço de Informação e Outros Serviços”, avalia Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV.

“Pelo lado da demanda, o destaque foi Formação Bruta de Capital Fixo, com seus três elementos crescendo fortemente, destacando-se máquinas e equipamentos. O consumo das famílias, componente com maior participação na demanda, apresentou crescimento de 3,4% e os principais responsáveis pelo resultado foram os componentes da construção e transformação, que avançaram, respectivamente, 9,0% e 4,6% em 2021”, acrescenta.

Considera afirma ainda que o PIB per capita registrado em 2021 (R$ 40.712,42) é inferior ao valor de R$ 41.069,01 observado em 2019, ano pré-pandemia.

PIB em valores

Em termos monetários, a estimativa é de que o PIB brasileiro ficou acima de R$ 8 trilhões. O resultado retoma a trajetória iniciada em 2017. Apesar de ser ligeiramente superior ao observado em 2015, o número permanece inferior aos do período de 2013 e 2014. Já o consumo das famílias, mesmo tendo alcançado resultado superior a 2020, ainda não alcançou os níveis pré-pandemia.

(*) Crédito da foto: joaogbjunior/Pixabay