Presencial, online, híbrido…essas com certeza são expressões que você ouviu (e muito) nos últimos três anos. Com a pandemia, os formatos das reuniões e eventos foram repensados e reiventados para continuar acontecendo. Os eventos híbridos com certeza foram uma tendência que ganhou força nesse período e agora, após a crise sanitária, eles continuam em evidência. Mas você consegue imaginar a melhor forma de realizá-los e conduzi-los?

Em entrevista ao Hotelier News, Raffaele Cecere, CEO do Grupo R1, trouxe insights valiosos sobre o assunto. “Os eventos híbridos possuem uma característica específica, pois estamos falando praticamente de dois eventos em um só, porém com o mesmo conteúdo”, explica.

“Sendo assim, primeiramente há de se ter uma atenção muito especial para ambos os casos, com alguns critérios sendo cuidadosamente observados para garantir que tudo corra dentro do previsto”, completa.

Dicas

Cecere explica que outro ponto interessante para os eventos híbridos é a roteirização. Segundo ele, por via de regra, todo evento deveria ter um roteiro para que os profissionais que estão executando o serviço saibam exatamente o que precisa ser feito. “No caso dos eventos híbridos, essa atenção fica redobrada, uma vez que estão acontecendo presencialmente, com todas as suas características e eventuais problemas, e online, com outras necessidades e problemáticas. Achar, por exemplo, que é só transmitir o evento presencial, pode ser um grande equívoco”, analisa.

O executivo pontua que um evento sem produção, mesmo transmitido online, tem baixa retenção de espectadores se for mal elaborado. “Investir nas tecnologias corretas, usar plataformas de transmissão observando as políticas exigidas por cada uma delas é um outro ponto de atenção. Usar plataformas gratuitas como o YouTube pode trazer alguns problemas quando o conteúdo é sigiloso, por exemplo”, afirma.

Eventos híbridos - Raffaele

“É preciso analisar cada fator criteriosa e detalhadamente”, diz o executivo

 

“Usar músicas que possuem direitos autorais na transmissão pode acarretar o bloqueio da live no meio do evento, além de outras situações. Possuir profissionais capacitados para ambos os serviços, apesar de parecer uma informação básica, em muitos casos não é levado em consideração”, complementa Cecere.

Entre os pontos levantados pelo CEO do Grupo R1, está também a escolha de um bom fornecedor. “É importante analisar se a empresa contratada tem comprovação técnica da execução dos serviços. Além disso, o local escolhido também exerce bastante influência no resultado do trabalho. Por isso, procure espaços que já estão habilitados para eventos. Hotéis, por exemplo, possuem toda a infraestrutura. Evite riscos desnecessários”, comenta.

“Por fim, verifique se o local possui conexão com internet profissional. Parece básico, mas não é. E lembre-se, você está fazendo um evento, o cliente está investindo e certamente busca um resultado satisfatório. Não arrisque”, finaliza Cecere.

(*) Crédito da capa: Chuttersnap/Unsplash

(*) Crédito da foto: Lucas Barbosa/Hotelier News