A taxa de desemprego no Brasil caiu para 7,7% no terceiro trimestre de 2023, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o nível mais baixo para o período desde 2014, quando estava em 6,9%. Vale lembrar que 2014 foi um ano marcado por crise econômica. Em comparação com diferentes períodos da série histórica, a taxa atual é a mais baixa desde o primeiro trimestre de 2015, que registrou 7,5% de pessoas sem emprego.

Esse resultado está em linha com as projeções do mercado financeiro e, no segundo trimestre, a taxa estava em 8%, representando a série histórica mais recente da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).

Com essa redução, o número de pessoas consideradas desempregadas no Brasil no terceiro trimestre caiu para 8,3 milhões, em comparação com 8,6 milhões nos três meses anteriores. A Pnad Contínua avalia tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal, abrangendo empregos com carteira assinada, empregos com CNPJ e trabalhos informais, como “bicos”.

Outros dados

No trimestre móvel até agosto, que faz parte de outra série da pesquisa, a taxa de desemprego já estava em 7,8%, com 8,4 milhões de pessoas desempregadas no mesmo período.

É importante notar que as estatísticas oficiais consideram como desempregadas as pessoas com 14 anos ou mais que não têm trabalho e estão em busca de oportunidades. Aqueles que não estão procurando emprego, mesmo que não tenham trabalho, não são contabilizados.

Vale ressaltar que os dados divulgados ainda não refletem os possíveis impactos do Censo Demográfico de 2022, que servirá como base para a atualização da amostra populacional usada na Pnad. O IBGE anunciou que planeja fazer essa revisão no próximo ano, uma vez que o Censo identificou uma população de 203,1 milhões no Brasil até 31 de julho de 2022, o que ficou abaixo das projeções recentes utilizadas na Pnad.

(*) Crédito da foto: Agência Brasília