A explosão de casos de Covid-19 no Brasil com a chegada da segunda onda teve seu efeito dominó. O aumento da pandemia no país causou um declínio na receita da Decolar no primeiro trimestre deste ano. A plataforma de viagens viu suas reservas brutas caírem em decorrência dos picos de contágio. As informações são da Phocuswire.

Nos três primeiros meses de 2021, a empresa registrou US$ 369 milhões em reservas brutas, o que representa queda de 8% frente ao trimestre anterior e 53% no comparativo anual. A Decolar ainda informa que as transações diminuíram 2% no primeiro trimestre em comparação ao trimestre anterior. Entretanto, quando o Brasil sai do balanço, o indicador aponta crescimento de 12%.

A receita da agência caiu 3% para quase US$ 52 milhões no trimestre e 32% no comparativo anual. O Ebitda ajustado apresentou prejuízo de US$ 20 milhões refletindo a segunda onda da pandemia Covid-19, particularmente no Brasil e na Argentina.

Isso se compara a perdas de US$ 19 milhões no quarto trimestre de 2020 e US$ 14 milhões com relação ao ano anterior.

“Neste ambiente de mercado turbulento, nossos esforços de diversificação geográfica estão tendo os resultados desejados. Um desempenho saudável no México com baixo crescimento sequencial de dois dígitos nas reservas brutas compensou parcialmente as quedas no Brasil e na Argentina”, explica Damian Scokin, CEO da Decolar. “Países da Região Andina, incluindo Colômbia e Chile, também apresentaram melhorias sequenciais”, complementa.

Decolar: tendências para 2021

Scokin acrescenta que as tendências atuais devem continuar ao longo do segundo trimestre, mas há confiança de que a demanda aumentará conforme a região atinja suas temporadas de primavera e verão, enquanto em paralelo a vacinação ganha tração.

A Decolar ainda anunciou um investimento de US$ 200 milhões em agosto do ano passado e diz que tinha quase US$ 326 milhões em dinheiro e equivalentes no final do primeiro trimestre.

(*) Crédito da foto: 12019/Pixabay