Com o aquecimento do turismo, são muitas as projeções para o incremento da recuperação das atividades do setor este ano. De acordo com a CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), em maio, o segmento atingiu os níveis pré-pandêmicos, sinalizando maior consistência na retomada. A Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo) prevê que, até o fim de 2022, a indústria avance 60%.

“O turismo deve ultrapassar o recorde histórico em 2019, pré-pandemia, em uma recuperação muito forte”, afirmou Roberto Nedelciu, presidente da entidade, em entrevista à CNN Rádio.

Apesar da desvalorização do real frente ao dólar e euro, Nedelciu salientou que existe grande demanda de brasileiros para viagens internacionais. Durante a entrevista, o presidente da Braztoa ainda destacou os problemas de escassez de mão de obra no turismo.

“O mercado está com problema de falta de mão de obra, após redução no período de pandemia, e agora há falta de pessoas especializadas nas operadoras e agências de viagem, está difícil de achar pessoas com conhecimento, porque muitas mudaram de ramo”, continua Nedelciu.

Em sua fala, o presidente da entidade aconselha que as pessoas se planejem com antecedência para viajar para fora do país. “Se deixar para em cima da hora terá dificuldades de achar condições boas e até vagas para o que pretende fazer”.

Entre os principais destinos internacionais, Nedelciu cita os EUA – com destaque para Orlando, Califórnia, Miami e Nova York – e países europeus como Portugal, Espanha e Itália.

Retomada das associadas

Em 2021, as associadas da Braztoa faturaram R$ 7,1 bilhões — o que representou avanço de 77% frente ao ano anterior. Entretanto, o indicador ainda permaneceu 44% abaixo do registrado em 2019. No ano passado, as empresas realizaram 7,4 milhões de embarques, sendo 96% para destinos nacionais.

No primeiro trimestre de 2022, as empresas tiveram aumento de 66% em faturamento quando comparado com o mesmo período em 2021. Nos primeiros três meses do ano, a alta na procura por destinos nacionais foi de 86%, e para destinos internacionais, 14%.

(*) Crédito da foto: andreadelima87/Pixabay