Com o relaxamento das medidas restritivas, a diminuição dos casos de Covid-19 e o crescimento no ritmo da vacinação, o setor de turismo dá grandes passos rumo à plena recuperação. Em janeiro, por exemplo, o faturamento nacional foi de R$ 15,4 bilhões, segundo dados da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). Neste cenário, as operadoras também registraram aumento de receita, faturando R$ 7,1 bilhões em 2021, segundo a Braztoa (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo). O resultado representa avanço de 77% em relação ao ano anterior.

Por outro lado, o indicador ainda performa 44% abaixo do registrado em 2019, ano pré-pandemia. No ano passado, as empresas realizaram 7,4 milhões de embarques, 96% deles para destinos nacionais, devido à demanda reprimida. O número aponta crescimento de 14,2% em relação a 2019, revela O Globo.

Com a abertura das fronteiras internacionais, o turismo se prepara para a reativação dessa demanda, que deve contribuir para elevar o faturamento, aponta a Braztoa, que já vinha sinalizando aumento de receita das operadoras desde o final do ano passado.

Braztoa: indicadores e expectativas

A associação estima que, no primeiro trimestre deste ano, os ganhos das empresas subiram 25% em relação ao mesmo período do ano passado. A previsão é de que o crescimento no setor chegue a 60% no decorrer do ano, recuperando os níveis pré-Covid. A expectativa para 2022 é que a receita atinja a marca de R$ 15,1 bilhões.

“O embarque doméstico superou todos os valores já registrados pela Braztoa, demonstrando que o setor de viagens soube se reinventar e criar novos produtos, além da existência de uma demanda reprimida que já começou a ser sanada”, afirma Roberto Nedelciu, presidente da entidade.

Ainda segundo o levantamento da empresa, o Nordeste tem sido a região mais buscada por turistas brasileiros, com destaque para Salvador, Praia do Forte (BA) e Gramado (RS). Com o aumento da demanda, o setor também tem registrado aumento nos postos de trabalho.

Reflexos na hotelaria

Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO (Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro), aposta que no segundo semestre deste ano aumento no número de estrangeiros nos hotéis da capital fluminense.

“No Carnaval, tivemos ocupação de 81%, quase que exclusivamente com hóspedes domésticos. O calendário de eventos é extremamente importante e, com o Rock In Rio e outras ocasiões, acreditamos em aumento gradual na demanda internacional a partir do segundo semestre”, pontua.

(*) Crédito da foto: Firmbee/Pixabay