Ao que tudo indica, as empresas estão mais preocupadas com a alimentação dos funcionários do que em salvar o planeta, segundo o Skift.  Uma pesquisa da Uber for Business e da GBTA (Global Business Travel Association) revelou que apenas 6% dos gerentes de viagens corporativas afirmam que suas companhias permitem maiores gastos em opções de viagens sustentáveis. Em contrapartida, 29% dos entrevistados alegaram que suas corporações aumentaram o limite de custos para refeições.

O estudo publicado ontem (29), que visa esclarecer “preocupações e considerações urgentes” de gerentes de viagens de algumas das maiores empresas do mundo, contradiz declarações corporativas de que a sustentabilidade seja uma prioridade. A evidência disto é que apenas 26% dos 200 gerentes de viagens entrevistados nos EUA no Canadá alegaram que seus empregadores estão considerando permitir que os funcionários gastem mais em viagens mais ecológicas

Custos altos x sustentabilidade

Um dos motivos que podem explicar a inconformidade com a agenda ESG é a alta dos preços. Uma pesquisa da GBTA de abril revelou que nove em cada 10 entrevistados disseram que a sustentabilidade era uma prioridade para sua empresa, mas a maior barreira eram os custos mais elevados. Os gerentes de viagens também estão lutando para “descriptografar” quantidades crescentes de dados de emissões de carbono que fornecedores e agências estão passando para eles.

Ainda assim, 84% dos respondentes alegam que a sustentabilidade foi pelo menos um pouco importante na concepção do programa de viagens de sua empresa, com 50% dizendo que é muito ou extremamente importante. Contudo, 75% dos entrevistados afirmam que seus programas agora estão mais focados na segurança e bem-estar do viajante (75%) e na sustentabilidade e responsabilidade social (55%) em comparação com dois anos atrás.

(*) Crédito da foto: Mantas Hesthaven/Unsplash