viagens em família - GlobalDataNa Arábia Saudita, participação do segmento é grande

O volume de viagens em família para o exterior deve crescer 25% de 2017 a 2022. No período, essa movimentação deve pular de 300 milhões para 376 milhões de viagens anuais, aponta o estudo Key Trends in Family Travel. Realizado pela GlobalData, o levantamento indica ainda que o mercado chinês vai puxar essa expansão.

Na avaliação da GlobalData, esse crescimento se baliza também em outro fenômeno. Com o crescimento da renda mundial e o amadurecimento do mercado consumidor, famílias cada vez mais buscam experiências em vez de bens. A pesquisa mostra ainda que o segmento representa 30,8% da receita global do turismo internacional, percentual que deve pelo menos se manter até 2022.

“À medida que a renda disponível cresce globalmente e os mercados emergentes abrem suas fronteiras, a tendência é que as viajantes multigeracionais cresçam bastante, especialmente em mercados como a China”, diz Sara Grady, líder da área de Viagem & Turismo da GlobalData. “Se for capaz de atender às necessidades específicas desse complexo público, a indústria turística tem uma grande oportunidade em mãos”, completa.

Viagens em família: mais dados 

Em países como Arábia Saudita, China e Nova Zelândia, a participação do segmento no volume total de viagens internacionais é significativa. Segundo o estudo da GlobalData, o percentual nos mercados citados é de 73%, 53% e 48%, respectivamente.

Na contramão, o percentual não passa de 6% na Argentina. A pesquisa indica que a questão é financeira. Com a desvalorização do peso argentino frente a uma cesta de divisas (dólar, euro e real), os argentinos preferem viajar sozinhos ou em casal, embora valorizem a família.

Na lista de preferência, destinos de praia (54%) é maioria entre as famílias entrevistadas. Na sequência, aparecem viagens para visitar familiares e amigos (34%), seguido por cidades conhecidas mundialmente (28%). Ainda assim, Sara faz um alerta às empresas da indústria turísticas.

“As viagens em família estão mudando. Apesar do elevado percentual, elas cada vez mais estão fugindo do tradicional sol e praia. Agora, desejam o tempo necessário para se reconectarem e criarem memórias duradouras”, avalia Sara. “Isso pode ser representado por uma procura maior por viagens culturais e de aventuras, sempre repletas de atividades e, principalmente, experiências. Então, nunca foi tão essencial oferecer aos viajantes algo além da norma para se destacar da multidão”, finaliza.

(*) Crédito da foto: Pexels/Pixabay