Português natural de Mealhada, cidade próxima a Coimbra, João Gameiro encontrou no Brasil sua segunda casa. A conexão com o país começou em 2013, quando fez sua primeira visita à terra do Carnaval.

“Em agosto de 2014, seduzido pelo encanto do Brasil, suas pessoas e, especialmente, por minha esposa paulista, decidi me mudar definitivamente para São Paulo. Desde então, já se passaram 10 anos”, conta o diretor de Vendas e Operações da Climber RMS.

Viajante de carteirinha, Gameiro é chef de cozinha nas horas vagas e não dispensa um bom churrasco. “Como o brasileiro que já me sinto”, brinca o executivo.

Apaixonado por futebol, o profissional acompanha, mesmo de longe, seu time do coração: o Sporting de Portugal. “Sempre que possível, aproveito minhas visitas a Lisboa para assistir a uma partida no estádio”, conta.

Segundo Gameiro, sua carreira sempre esteve atrelada à sua paixão por inovação.Formado em Engenharia Química, com mestrado em Gestão de Empresas e um MBA em Gestão de Operações, o profissional atuou em empresas de tecnologia e SaaS desde 2014, sendo algumas delas da área de hospitalidade.

“Essa experiência me permitiu ir conhecendo o mercado do Brasil. Em 2019, abracei o projeto da Climber RMS, onde estou desde então”, relembra o executivo.

Gameiro é um dos nomes confirmados no Hotel Trends On The Road, roadshow promovido pelo Hotelier News, levando conteúdos sobre tecnologia ao trade hoteleiro.

Três perguntas para: João Gameiro

Hotelier News: A cultura de RM ainda se espalha pela hotelaria nacional, se pensarmos no setor como um todo. Na sua opinião, o que vem antes: uma cultura de dados ou uma de RM? Por que?

João Gameiro: Elas andam juntas. Quando um hotel começa a organizar e a ter dados para análise, ele passa a tomar decisões de RM. Se o empreendimento escolhe esse caminho é porque sente essa necessidade de ter informação, de ter dados, para tomar melhores decisões, sempre ligadas à otimização de receitas e à própria operação. Melhores decisões e mais rápidas. A velocidade com que se consegue tomar decisões impacta muito na otimização da receita.

HN: Vivemos em um mercado amplo e pulverizado, com níveis de profissionalização diferente e disperso. Agora, é senso comum que se trata de uma questão nacional, do Brasil. Ou é assim na hotelaria europeia também?

JG: Existe uma presença muito grande de marcas americanas na Europa, levando a que muitos profissionais tenham acesso às metodologias dessas empresas. Em seguida, com as normais movimentações de mercado, esses profissionais acabem por levar esse conhecimento adquirido para a hotelaria “tradicional”. No entanto, a realidade brasileira é muito similar à europeia, principalmente portuguesa, que conheço bem. Redes com mais processos e mais acesso a profissionais e sistemas de informação, como RMSs, e as redes familiares e hotelaria independente um pouco mais atrás (com boas exceções).

HN: Para finalizar, na sua visão, quais os principais desafios e oportunidades para os hoteleiros para terem melhores resultados no segundo semestre?

JG: Este ano há uma estagnação no crescimento da hotelaria, então todas as oportunidades devem ser aproveitadas. Principalmente as de receitas auxiliares e de upselling. Ter ferramentas tecnológicas ajudam muito a conseguir olhar para estas oportunidades, uma vez que os hotéis conseguem identificar rapidamente onde elas podem estar e tomar decisões para elevar o faturamento.

Um ponto bastante importante para a hotelaria é a aposta em formação para melhorar a performance como um todo, e muitas vezes em áreas específicas, como upselling, A&B, gestão de grupos, e departamentos que têm o potencial de melhorar as receitas do hotel.


O Hotel Trends on the Road é uma realização do Hotelier News, em parceria 10 marcas patrocinadoras: APP Sistemas, Asksuite, B2B Reservas, ASSA ABLOY, Climber, Clima ao Vivo, Equipotel, Lighthouse, TravelCash e WebSpot. O roadshow tem também apoio do Grupo R1 Audiovisual e, nesta etapa em Cuiabá, da ABIH-MT.

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(*) Crédito da foto: Divulgação/Climber RMS