A retomada do setor turístico a partir da segunda quinzena de abril foi marcante ao Zarpo. A empresa adicionou, durante o primeiro semestre de 2021, 100 hotéis ao portfólio. Até o final do ano, a expectativa é ultrapassar a marca de 700, além de expandir para produtos localizados em cidades próximas de grandes centros — fora São Paulo e Rio de Janeiro.

De acordo com o francês Daniel Topper, CEO do Zarpo, os resultados mais consolidados tem relação direta com algumas estratégias adotadas. “Nossa forma de crescer e continuar ampliando operações no Brasil está relacionada ao reforço do time comercial e a tecnologia disponibilizada aos hotéis. Nós ajudamos na divulgação e distribuição dos empreendimentos, mas sem tirar a imagem original dele”, cita.

Em junho, por exemplo, graças também à campanha em parceria com o Club Med, o número de venda do mês foi 15% maior ante mesmo período em 2019. O produto com maior destaque foram os resorts all inclusive da rede, categoria de destaque na plataforma. Ao todo, de 8 a 10 de julho, foram gerados R$ 3 milhões em vendas na modalidade.

Antes disso, em maio, o executivo afirma que já foi possível identificar números melhores. Por outro lado, também percebeu-se a satisfação de clientes, com taxa de recompra, ou seja, pessoas retornando ao Zarpo, tão alta quanto no cenário pré-pandemia.

“Eu acredito na normalização do mercado, com a volta de viagens internacionais e o fortalecimento com hotéis de fora. No entanto, as restrições de viagens ao exterior nos ajudaram a consolidar ainda mais o mercado de viagens domésticas, que já era favorável antes.

Até o final do ano, o objetivo da agência online é contratar mais 25 pessoas, além de continuar o redirecionamento ao lado comercial.

Zarpo: aposta

A expansão no share de hotéis acontecerá também com reforços em Marketing, investimento em CRM e mais tecnologia, de acordo com Topper. O crivo de hotéis que atendam a demanda familiar e de casais sem filhos é o principal parâmetro utilizado pelo Zarpo.

Aos próximos meses, o caminho a ser explorado será o do staycation, modelo que fortalece o turismo de proximidade e de carro. “Temos produtos que vão desde econômicos e boutiques até unidades all inclusive. O nosso objetivo, no final das contas, é oferecer o que combina com o público que atendemos”, complementa.

Ao futuro mais adiante, o CEO enumera três frentes a serem exploradas. “Não acredito que as coisas mudarão tanto. Então, me guiarei com algumas perspectivas: catálogo de hotéis internacionais continuará forte; a pandemia acelerou a importância do relacionamento com cliente; e acredito na força do turismo que pensa em causas sociais e de meio ambiente. É um engajamento necessário e que cativa, principalmente no Brasil, turistas e hóspedes”, conclui o executivo.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Zarpo