A hotelaria está mudando, mas certas coisas não desaparecem. Em qualquer prestação de serviço, o cliente precisa ser bem tratado para retornar. E ele só volta se viver, de fato, uma palavrinha muito ouvida por aí: experiência. Então, veja se o Vila Galé acerta em cheio ou não. No coração da Lapa, no Rio de Janeiro, a rede portuguesa uniu samba, cerveja, caipirinha e feijoada para, em pleno abril, criar um clima de Carnaval para seus hóspedes e convidados. Só faltou o sol para coroar, mas mesmo assim foi tudo perfeito!

No oitavo ano de parceria com a Estação Primeira de Mangueira, o Vila Galé fez, no sábado (2), mais uma edição de sua já clássica feijoada pré-carnavalesca. Sim, lembrem-se que os desfiles das escolas de samba na Cidade Maravilhosa ocorrem este mês, levando otimismo para a hotelaria carioca em função das duas festas promovidas em 2022.

O evento levou um pouco do clima da Sapucaí para dentro do Vila Galé Rio de Janeiro. A programação começou com um show do grupo de samba Só Damas e teve ainda apresentação da bateria da escola fundada por Cartola. Para completar, Evelyn Bastos, rainha da bateria da Mangueira, e a dupla Squel Jorgea e Matheus Olivério, primeiro casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da escola, também estiveram presentes.

“Oitavo ano de parceria, sexta feijoada e, como deu certo para os dois lados, queremos mantê-la ad eternum”, comentou Verônica Schwarzer. “É uma ação que agrega valor à experiência do hóspede, então que seja para sempre. Os dois lados são sondados para parcerias similares, mas estamos muito felizes em ter a Mangueira do nosso lado”, completou a gerente de Operações do Vila Galé Rio de Janeiro.

Novo momento

Com a hotelaria carioca vivendo bom momento neste início de ano, registrando boa performance, a unidade da rede portuguesa na cidade obviamente seguiu essa toada. Segundo Verônica, o hotel fechou janeiro com 80% de ocupação. “Em finais de semana tivemos lotação e até overbooking, com muita reserva last minute. Para felicidade dos números, mas para desespero da operação”, brincou a executiva.

Já em fevereiro, o desempenho caiu um pouco, mas ficando acima dos padrões dos últimos dois anos. “Fechamos o mês com ocupação de 60%, mas ficamos lotados nas datas do Carnaval. Quando anunciaram que os desfiles não seriam realizados, por exemplo, tivemos pouquíssimos cancelamentos”, revela Verônica. A executiva conta ainda que o mesmo clima da feijoada de sábado foi repetido aos finais de semana, com samba aos sábados na piscina e hóspedes gostando da experiência.

Vila Galé - feijoada Mangueira

Feijoada completa, com bons drinques, animou o público

Já março teve desempenho mais baixo do que nos dois meses anteriores, mas, segundo a gerente de Operações, houve um alento. “A ocupação cedeu um pouco, mas tivemos mais procura por eventos, o que nos deixa animados para a baixa temporada”, destaca Verônica, que cita uma mudança de público no hotel desde o início da pandemia.

“Historicamente, o Vila Galé Rio de Janeiro tinha mais demanda corporativa, formada por executivos que vinham trabalhar no Centro do Rio. Então, havia alta ocupação de segunda-feira a sexta-feira, com o indicador caindo nos finais de semana. Agora, vivemos o contrário. No passado, o momento de dar folga aos colaboradores era no final de semana. Agora é impossível”, acrescenta.

Hoje, os principais mercados emissores são São Paulo, interior do Rio e, repetindo o fenômeno de outras praças, moradores da própria cidade. “Além disso, estamos conseguindo atrair muitos público local para nossos pontos de vendas de A&B (Alimentos & Bebidas) durante a semana. Em relação a abril, a expectativa é positiva”, revela Verônica.

“Com os desfiles na Sapucaí e a parceria com a Mangueira, estamos negociando pacotes com valores mais altos. Já estamos com 80% de ocupação para a data e esperamos vender tudo. Temos grupos nacionais, com destaque para Belém e Rio Grande do Norte, e internacionais. São turistas vindos da França, da Argentina e da Alemanha”, comenta.

“Esperamos que, no período de baixa temporada, os eventos ajudem a compensar essa natural queda de demanda turística na cidade. Outra data que temos elevada expectativa é o Rock in Rio, no final de setembro. Já estamos com boas vendas e prevemos ocupação bem alta”, finaliza Verônica.

(*) Crédito das fotos e vídeo: Vinicius Medeiros/Hotelier News

(**) A reportagem viajou a convite do Vila Galé