Nicho que cada vez mais cresce entre segmentos de mercado, o bem-estar se tornou uma valiosa fonte de renda para muitas empresas. No turismo, o setor é um dos mais promissores para os próximos anos. De acordo com um levantamento feito pelo Global Wellness Institute, essa fatia da indústria de viagens tem potencial de chegar ao faturamento de US$ 1,4 trilhão até 2027, segundo divulgado pelo Skift.

A pesquisa aponta que, entre 2019 e 2020, o mercado de turismo de bem-estar despencou por motivos óbvios. A pandemia levou a indústria a uma queda de US$ 720 bilhões para US$ 351 bilhões, entretanto, de 2020 a 2022, houve um crescimento anual de 36% nos gastos e aumento de 30% no incremento anual de viagens do segmento. O número é significativamente superior às taxas de aquecimento para o mercado turístico como um todo, que variou 23, 8% em despesas e 28,4% em movimentação de viagens.

Os viajantes de bem-estar fizeram 819,4 milhões de viagens de bem-estar internacionais e nacionais em 2022, um grande aumento em relação aos níveis de 2020 (483 milhões) e 2021 (608 milhões).

As viagens do segmento representaram 7,8% de todas as viagens turísticas, mas representaram 18,7% de todas as despesas do turismo em 2022 (ou seja, quase 1 em cada 5 “dólares de viagem” totais).

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Futuro promissor

Os dados do Global Welness Institute apontam para um futuro promissor no setor. Espera-se que o turismo de bem-estar mais do que duplique entre 2022 e 2027, com grandes saltos de gastos em 2022 (US$ 651 milhões) para 2023 (US$ 868 milhões), chegando a US$ 1 bilhão em 2024.

Com a desaceleração da retomada pós-pandemia, é provável que a curva de crescimento comece a cair gradativamente, porém ainda sob forte demanda. O relatório ainda destaca algumas dificuldades na recuperação do setor, uma vez que spas e fontes termais/minerais foram fortemente atingidos pela Covid-19, dadas as restrições de viagens e o fechamento de empresas.

Um fator de peso é a recuperação contínua do mercado turístico global. Em 2022, as viagens internacionais ainda representavam 62% do seu nível pré-pandemia e as domésticas situavam-se em 73% frente a 2019, segundo dados do Euromonitor.

Colocando uma lupa no setor hoteleiro, muitos empreendimentos querem pegar carona na alta procura por viagens de bem-estar, desenvolvendo suas próprias experiências. Recorte relevante para a venda de extras, o wellness vem ganhando cada vez mais espaço dentro das estratégias de grandes redes e hotéis independentes.

(*) Crédito da capa: realskayls/Unsplash

(**) Crédito do gráfico: Divulgação/Global Welness Institute