Natural de Campo Grande (MS), Sheila Petri é viajante e fotógrafa amadora nas horas vagas. Sua paixão por fotografia começou quando ganhou sua primeira câmera semi profissional, aos 18 anos de idade. Gerente geral do Hotel Marambaia, a executiva atua há 27 anos no setor hoteleiro e acumula experiências em diferentes redes e empreendimentos.

Sua trajetória na hotelaria começou aos 16 anos, quando assumiu a posição de auxiliar de recepção. “Fiz parte do time de redes tradicionais do Sul do país, como Rede Pires e Redes Sagres. Também atuei em empresas de renome nacional, como Blue Tree Hotels e Rede Plaza de Hotéis”, relembra.

Em sua carreira, Sheila ainda possui passagens pelo setor de gastronomia, como quando assumiu o cargo de gerente de Compras da rede de restaurantes Gastronomy, em Santa Catarina. “Em seguida, retornei ao segmento hoteleiro como gerente geral do Marambaia”, conta.

Sua formação profissional e acadêmica contempla uma série de cursos focados em Gestão de Pessoas, Capacitação de Líderes, Marketing e Vendas, Gestão de Projetos, entre outros. “Também estudei decoração, uma paixão que descobri já no Marambaia e que posso colocar em prática em datas comemorativas, como Carnaval, Páscoa e Natal”, destaca Sheila.

Aos 42 anos, a gerente tem dois filhos, sendo um deles diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista. Visando uma hotelaria mais inclusiva, Sheila fez mudanças operacionais no Marambaia, que hoje é reconhecido com o Selo Amigo do Autista. “Como uma mãe típica e atípica, dedico parte do meu tempo à leitura e cursos sobre o Autismo”, finaliza.

Três perguntas para: Sheila Petri

Hotelier Nerws: O Marambaia passará por um processo de expansão em breve. Com o novo prédio, de que forma o empreendimento se posicionará no mercado?

Sheila Petri: O Marambaia é conhecido há mais de 58 anos pelo seu atendimento de excelência e exclusivo. Nosso novo prédio trará essas mesmas características, com turismo de experiência, conforto, gastronomia de qualidade, espaços únicos para eventos e festas na melhor localização da cidade.

HN: Anteriormente, você disse que o projeto residencial veio de uma demanda dos próprios hóspedes. Hoje, qual o perfil do cliente do Marambaia? É uma base fidelizada?

SP: Sim, temos hóspedes que nos visitam há mais de 40 anos. Vimos seus filhos e netos retornarem ao hotel, pois existe uma ligação afetiva entre essas gerações. Mas as necessidades foram mudando e percebemos que precisávamos nos reinventar, então, as reformas foram acontecendo.

Chegou o momento de apresentarmos um novo padrão de qualidade. O perfil dos nossos hóspedes acompanhou o crescimento do destino, com um público mais exigente disposto a estar na cidade com o metro quadrado mais caro do país.

HN: O hotel tem o selo Amigo do Autista, que busca promover um turismo mais inclusivo. Quais os diferenciais dos serviços para esse público? E qual o impacto na operação?

SP: Muitas famílias deixam de viajar por não se sentirem acolhidas. Nosso diferencial é entender as necessidades de cada uma em relação ao que o hotel pode proporcionar. São pequenos detalhes que fazem a diferença, como ter o atendimento prioritário no check-in e check-out, opções de café da manhã no quarto sem custo adicional, adequação da alimentação — pois existe a seletividade alimentar —, enxoval adequado a preferência do cliente, às vezes é uma coberta um pouco mais pesada, ou mais travesseiros, etc.

A equipe é treinada e tem mais empatia para entender as situações de crise e auto regulação, tanto da criança quanto do adulto autista. A intenção é fazer a família viver a melhor experiência possível no seu momento de lazer.

(*) Crédito da foto: arquivo pessoal