Diretor de Vendas e Marketing da Hplus Hotelaria e tenista nas horas vagas, Fernando Bellini é formado em Engenharia Mecânica pela UNIFEI (Universidade Engenharia Industrial de São Bernardo do Campo) e possui especialização em Automação. Natural de São Carlos, no interior paulista, o executivo também lecionou em cursos de pós-graduação do Iecat (Instituto de Especialização em Ciências Administrativas e Tecnológicas) por 11 anos.

Bellini iniciou sua trajetória na Hplus em 2012, como diretor de Desenvolvimento. Em 2017, assumiu a direção de Vendas e Marketing da rede. Além de sua atuação na hotelaria, o profissional também acumula experiências no setor de automação.

Convidado de hoje (26), para a série Três perguntas para, o diretor fala sobre os desafios para o segundo semestre, performance dos apart-hotéis e estratégias para elevar o faturamento do portfólio da Hplus.

Três perguntas para: Fernando Bellini

Hotelier News: Antes da pandemia, a Hplus lançou uma nova categoria de acomodação (Luxo View do Vision) como forma de elevar seu faturamento. Os resultados foram obtidos? Quais outras estratégias a rede vem desenvolvendo para incrementar a receita?

Fernando Bellini: O lançamento da categoria Luxo View foi um teste na busca de um aumento da diária média do hotel aproveitando a maravilhosa vista de alguns apartamentos. Com o expressivo sucesso desta ação, a Hplus iniciou um processo de recategorização nos seus hotéis, que foi finalizado em março de 2022 e vem trazendo maior satisfação aos hóspedes com o atendimento de suas necessidades com as novas categorias e importante crescimento da diária média e, consequente, aumento da receita.

HN: Em termos de distribuição, quais serão os legados da pandemia? Quais dificuldades o setor ainda encontrará em 2022?

FB: A pandemia deixou um legado de melhoria na Hplus, principalmente nos processos dos hotéis que precisaram ser otimizados. Os protocolos de biossegurança e controle dos custos foram dois exemplos de aperfeiçoamento.
Atualmente estamos vivenciando um processo de retomada acelerado e já estamos operando com níveis de ocupação acima dos patamares pré-pandemia (2019). A maior dificuldade atualmente é a recomposição da diária média frente a inflação no período. Tivemos um aumento nos custos muito superior ao crescimento das tarifas.

HN: Como está a demanda por apart-hotéis, uma vez que o long stay ganhou força nos últimos dois anos? Como você vê o segmento neste novo momento do setor?

FB: Os hotéis de longa estadia foram menos afetados durante a pandemia devido à necessidade das pessoas se isolarem, além de hospedagens de profissionais da saúde. A demanda permanece alta e, por consequência, as ocupações estão elevadas nos nove hotéis de longa estadia da Hplus.

Quando comparada com a locação de um imóvel, a hospedagem no formato long stay possui diversas facilidades. Além de não ser necessário ter fiador, os hóspedes contam com apartamentos mobiliados com toda infraestrutura hoteleira e podem realizar o check-in de forma imediata. Outro fator que vem impulsionando o segmento a se manter aquecido nos próximos anos são as diárias que são mais baixas que nos hotéis convencionais.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Hplus Hotelaria