Natural de Curitiba, Eduardo Richard tem 36 anos e é casado há sete. Adepto do lema “corpo são, mente sã”, o chef acredita que a atividade física é essencial para aguentar a rotina puxada de um restaurante e da hotelaria. Praticante de musculação e futebol, o ex-Masterchef também é um entusiasta da tecnologia e não dispensa um bom videogame.

Nas horas vagas, gosta de passar o tempo com a esposa e a família, além, claro, de cozinhar em casa. Formado em Direito, Richard atuou em um respeitado escritório de advocacia por 11 anos, até se desligar em 2019 para ingressar no Masterchef Brasil.

O reality show aflorou sua paixão e conhecimentos pela gastronomia, o que foi o pontapé para sua transição de carreira. Em 2020, abriu o Lemí, gastrobar em sociedade com a esposa. Em 2022, foi reconhecido como uma das revelações do ano pelo Prêmio Bom Gourmet, principal veículo de gastronomia de Curitiba.

No ano passado, o Lemí apareceu no ranking dos 100 melhores bares do Brasil publicado pela Revista Exame. Ainda em 2023, Eduardo Richard passou a integrar o time do Bourbon Curitiba Hotel & Suítes, iniciando o projeto do Bourbon Bistrot.

Três perguntas para: Eduardo Richard

Hotelier News: O Bourbon Bristot chega com a promessa de ganhar o público curitibano com a gastronomia francesa. O que os hóspedes e clientes do Bourbon Curitiba podem esperar do restaurante?

Eduardo Richard: Temos a oferecer uma cozinha clássica francesa com pouca intervenção e respeito ao produto e às técnicas tradicionais. Temos pratos autorais e clássicos, porém, em todas as situações, não abrimos mão de trabalhar da melhor forma possível ingredientes de alta qualidade.

HN: O comando do restaurante é sua primeira empreitada no setor hoteleiro. Quais as diferenças de tocar um espaço gastronômico localizado em um hotel?

ER: O hotel possui algumas particularidades. A primeira delas é a demanda constante. Sempre haverá hóspedes dispostos a descer e jantar, independentemente do dia da semana. Domingo e segunda à noite costumam ser dias mais fracos em restaurantes de rua, porém, no hotel essa máxima não se confirma. Todo dia é um dia com potencial de alta demanda. A possibilidade de trabalhar em um espaço com estrutura maior, maquinário, equipe, apoio, também torna a prática mais tranquila. Por outro lado, existe o desafio de atrair os clientes passantes e moradores da cidade.

HN: Quais ensinamentos do Masterchef você leva para a hotelaria? É mais difícil agradar aos jurados ou hóspedes?

ER: Com certeza os hóspedes e clientes da vida real são mais difíceis de agradar. Ali estamos trabalhando com pessoas que, muitas vezes, tiveram um dia cansativo e buscam se confortar com uma boa refeição. Além disso, estão pagando pelo oferecido. A margem para erro é muito menor.

O Masterchef oferece muito em repertório, capacidade de lidar com pressão, visibilidade, porém, no fim, são jurados, e não clientes. E, nessa área da hospitalidade, o cliente é o nosso maior ativo. A conquista do cliente/hóspede é o nosso maior objetivo diário.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Bourbon Hospitalidade