Em reunião realizada ontem (13), o Copom (Comitê de Política Monetária) realizou mais um corte na taxa básica de juros. Agora a 11,75% ao ano, a redução de 0,50% na Selic era amplamente esperada pelo mercado financeiro, o que tornou a decisão unânime pouco surpreendente.  Em comunicado enviado após a reunião, o BC (Banco Central) fala em manter o ritmo de diminuição ao longo de 2024.

A redução das taxas de juros pode ter implicações significativas no setor turístico e hoteleiro, estimulando o consumo e investimentos. A possibilidade de taxas mais atrativas pode incentivar o turismo doméstico e, consequentemente, aumentar a demanda por serviços de hospedagem.

É claro, é fundamental monitorar de perto o desenvolvimento do ambiente econômico nos próximos meses, para avaliar de maneira mais precisa o impacto específico no setor turístico e hoteleiro. Entretanto, podemos chegar às conclusões lógicas de que juros mais baixos significam mais acesso ao crédito por parte de empresas e a população, o que estimula investimento em novos empreendimentos.

No comunicado, o Copom enfatiza que “o ambiente externo segue volátil e mostra-se menos adverso do que na reunião anterior, marcado pelo arrefecimento das taxas de juros de prazos mais longos nos Estados Unidos e de sinais incipientes de queda dos núcleos de inflação, que ainda permanecem em níveis elevados em diversos países”. O comitê avalia ainda que “o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, com destaque para as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes. As expectativas de IPCA, o indicador que mede a inflação, para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela última edição do boletim Focus encontram-se em torno de 4,5%, 3,9% e 3,5%, respectivamente”.

Redução de juros

A trajetória de redução da taxa começou em agosto, após cerca de um ano no patamar de 13,75% ao ano. O comunicado destaca que a diminuição da Selic busca suavizar as flutuações na atividade econômica e promover o pleno emprego, sem comprometer o objetivo de combate à inflação.

O tamanho total do ciclo de cortes dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, expectativas de inflação, projeções, hiato do produto e balanço de riscos, conforme afirmado pelo Comitê.

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