Economistas brasileiros ajustaram suas previsões para a inflação deste ano pela nono semana consecutiva, refletindo preocupações persistentes com os preços ao consumidor. Segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central hoje (8), a expectativa para o IPCA em 2024 subiu para 4,02%, um leve aumento em relação à previsão anterior de 3,72% registrada em maio.

A inflação projetada para os anos seguintes também apresenta ajustes moderados. Para 2025, a estimativa subiu de 3,87% para 3,88%, enquanto permanece estável em 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027. Esses números estão dentro da margem de tolerância da meta oficial de 3,00%, com variação permitida de até 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Em relação ao crescimento econômico, as previsões para o PIB (Produto Interno Bruto) também foram revisadas. O crescimento esperado para 2024 foi ajustado para 2,10%, ligeiramente acima da previsão anterior. Para 2025, no entanto, a expectativa caiu para 1,97%, refletindo ajustes na dinâmica econômica global e doméstica.

Política monetária

Quanto à política monetária, a pesquisa indica que a taxa básica de juros Selic deve se manter em 10,5% até o final de 2024, com uma expectativa de queda para 9,5% ao término de 2025. Essas projeções refletem as ações do Banco Central em equilibrar o crescimento econômico com a estabilidade de preços.

Sobre o câmbio, o dólar americano deverá se manter em torno de R$ 5,20 até o final de 2024, com uma pequena elevação para os anos seguintes.

Essas projeções econômicas oferecem um panorama desafiador para consumidores e investidores, destacando a importância da cautela e do planejamento financeiro em um cenário de incertezas globais e domésticas.

(*) Crédito da foto: Reprodução/Folhapress