Mesmo diante do otimismo das grandes redes, a América Latina vem enfrentando instabilidades no pipeline hoteleiro. De acordo com relatório divulgado pela LE (Lodging Econometrics), a região encerrou o terceiro trimestre com 548 projetos e 90,7 mil quartos, queda de 5% e 12% frente ao trimestre anterior, respectivamente. Atrás apenas do México, o Brasil fechou o período com 92 propriedades (15,4 mil acomodações) em desenvolvimento. O destaque fica para São Paulo, que tem 12 empreendimentos previstos (2,6 mil UHs).

Do total da região, pouco menos da metade (239 unidades/44,8 mil apartamentos) estão em processo de construção – próximo ao desempenho registrado no segundo trimestre. Já os empreendimentos com início das obras previsto para os próximos 12 meses apresentaram alta de 6% na comparação anual (165 unidades/24,6 mil UHs). As propriedades em planejamento inicial, por sua vez, cresceram 22% anualmente (144 empreendimentos e 21,2 mil habitações).

Até o final do terceiro trimestre, a América Latina abriu 55 novos hotéis (9 mil apartamentos). A previsão da LE para o restante do ano é de mais 25 propriedades (3,6 mil habitações) sejam inauguradas, totalizando 80 unidades (12,8 mil UHs). Para 2023 e 2024, no entanto, espera-se que os números de projetos e apartamentos cheguem a 95 (90,7 mil) e 101 (15,9 mil), respectivamente.

Panorama regional

Com 24 projetos (3,1 mil quartos), o México lidera o ranking da região. Logo atrás aparece o Brasil, com 92 propriedades (15,4 mil acomodações). Na terceira posição, está o Peru com 28 empreendimentos (3.610 cômodos), seguido por República Dominicana, com 27 unidades (6,2 mil apartamentos), e Argentina, com 18 propriedades (1,9 mil habitações). Os cinco países representam 68% de todo o pipeline latino-americano.

Quanto às praças com maior pipeline, a Cidade do México é o principal destaque, com 24 hotéis (3,1 mil quartos). As também mexicanas Guadalajara (21 projetos e 2,6 mil apartamentos) e Cancún (20 unidades/8,6 mil habitações) completam o pódio. Em seguida, aparecem Lima, com 17 empreendimentos (2,5 mil UHs), e São Paulo, com 12 propriedades (2,6 mil acomodações). Juntas, esses municípios respondem por 21% dos quartos em construção da região.

Grandes redes

A Hilton Worldwide ficou em primeiro lugar no pipeline da região, com 104 hotéis (14,8 mil quartos). Atrás dela, está Marriott International com 103 projetos (17.471 UHs). Accor e IHG Hotels & Resorts fecham a lista, com 75 unidades (9,5 mil habitações) e 58 propriedades (6,6 mil apartamentos), respectivamente. As quatro redes respondem por 62% dos projetos em construção da América Latina.

Quanto às bandeiras, a liderança fica para a marca ibis, da Accor, com 53 hotéis (6,5 mil quartos). Hilton Garden Inn (24 projetos e 3,1 mil acomodações), Hampton by Hilton (23 unidades e 2,7 mil habitações) e Curio, da Hilton, com 14 empreendimentos (1,2 mil UHs) vêm a seguir.

(*) Crédito da foto: Renan/Unsplash