O Banco Central recentemente reduziu a expectativa para a inflação deste ano, agora projetada em 5,79% ao final de 2022. O indicador, no entanto, segue acima da meta, deixando inalterados os cenários para economia e os juros, revela a Folha de S. Paulo. No setor hoteleiro, o impacto pode ser ainda maior, visto que o mix de produtos é diferente da cesta que compõe o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Isso significa dizer que a pressão nos custos deve prosseguir no ano que vem, mesmo que em menor grau, o que exige atenção dos hoteleiros, além de coragem para aumentar as tarifas. A pesquisa Focus divulgada ontem (12) mostra que a mudança na projeção da inflação vem na esteira de um resultado abaixo do esperado em novembro, com o IPCA subindo 0,41%.

Com a redução da expectativa, o indicador fica 3,5% abaixo da meta, com margem de tolerância de 1,5% para mais ou para menos. Para 2023 e 2024, as contas para a alta dos preços não mudaram, ficando respectivamente em 5,08% e 3,5%. Nos dois anos, os objetivos são de 3,25% e 3,00%, com margem de tolerância de 1,5%.

Outros dados

Para o PIB (Produto Interno Bruto), as estimativas de crescimento ficaram inalteradas em 3,05% e 0,75% para este ano e o próximo, respectivamente. Também não foi registrada alteração na perspectiva para a Selic. Para os economistas consultados no boletim Focus, a taxa terminará 2023 a 11,75%, contra 13,75% atualmente.

(*) Crédito da foto: joelfotos/Pixabay