Novamente, uma grande rede hoteleira é alvo de crimes cibernéticos. Desta vez, a vítima foi o IHG Hotels & Resorts, que informou em seu site oficial um acesso não autorizado a seus sistemas de tecnologia. Segundo a empresa, os canais de reserva e outros aplicativos foram interrompidos na última segunda-feira (5).

Agora, a rede segue em processo de notificação às autoridades reguladoras, atuando em colaboração com seus fornecedores de tecnologia. No comunicado, o IHG afirma que especialistas externos também foram contratados para investigar o incidente.

“O IHG está trabalhando para restaurar totalmente todos os sistemas o mais rápido possível e para avaliar a natureza, extensão e impacto do incidente. Daremos suporte aos proprietários e operadores de hotéis como parte de nossa resposta à interrupção contínua do serviço. Os hotéis do IHG ainda podem operar e receber reservas diretamente”, diz a nota.

De acordo com a BBC, o grupo hoteleiro está avaliando a extensão do crime. Segundo especulações, o ataque é de ransomware — malware de sequestro de dados, feito por meio de criptografia. Contudo, a empresa afirma que não houve vazamento de informações de clientes. Em 2017, o IHG foi alvo de outra violação de segurança digital, quando seus mais de 1,2 mil hotéis franqueados nos EUA foram afetados.

Em agosto deste ano, um dos hotéis da rede, o Holiday Inn de Istambul, teve seus dados roubados após ser invadido pelo LockBit, um grupo que ataca por meio de ransomware. Entretanto, ainda não há evidências de ligação entre os crimes.

Relembre outros ataques

Não é apenas o IHG que sofre com constantes tentativas de ataques hacker. Em julho deste ano, a Marriott confirmou uma nova violação de dados — oriunda de uma engenharia social para enganar os funcionários de um dos hotéis — que resultou no roubo de 20 gigabytes de dados confidenciais. Em quatro anos, este foi o terceiro crime cibernético sofrido pela gigante norte-americana.

Em 2020, a MGM Resorts também foi vítima de violação de dados, afetando 11 milhões de hóspedes. Apesar do susto, nenhuma informação financeira, cartão de pagamento ou senha foram revelados.

Um ano antes, a Choice Hotels teve os dados de 700 mil clientes roubados, com o pedido de resgate no valor de 0.4 bitcoin, o equivalente a US$ 3.856 na época do incidente.

(*) Crédito da foto: TheDigitalArtist/Pixabay