HSMAI - Selo_insights

Com a missão de trazer insights para o setor hoteleiro, a HSMAI Brasil promoveu em maio sua primeira Roundtable de Revenue Managers. O encontro, exclusivo para revenue managers sêniores e um grupo seleto de convidados, reuniu cerca de 15 profissionais.

Comandado por Gabriela Otto, presidente da associação no país e na América Latina, o evento debateu pontos importantes para a hotelaria e revelou 15 insights apontados pelos revenue managers do setor hoteleiro, mantendo o DNA da HSMAI de compartilhar seus debates com o mercado como um todo.

Insights para o mercado

1- Demanda em São Paulo: aumento de concentração a curto prazo, com destaque para novembro com a Fórmula 1. Grandes feiras já não têm mais o mesmo impacto e o setor hospitalar não apresenta o mesmo resultado. Os finais de semana voltaram a se comportar como período de baixa, dificultando a manutenção das ocupações de 2023.

2- Diárias médias estabilizadas em 2024: atualmente, a previsão de diária média segue a mesma curva de 2023. Diferente do ano passado, que, com antecedência, teve uma curva acima, observamos uma estabilização de demanda.

3- Demanda no Rio de Janeiro: o show da Madonna representou pequeno crescimento acima de 2023 e a expectativa está no Rock in Rio. De uma forma geral, a diária média se apresenta linear em relação ao ano passado.

4- Demanda em Curitiba: a cidade está conseguindo manter as tarifas públicas acima de 2023, permanecendo como o maior destaque de 2024 em relação ao ano anterior.

5- Demanda em Belo Horizonte: se mantém como cidade com maior procura no ano, apresentando aumento de demanda para meses futuros. De uma forma geral, é um case de performance no Brasil entre as capitais. A diária média de BH apresentou um grande salto de 2022 para 2023 e mantém crescimento para 2024.

6- Demanda em Brasília: a cidade apresenta uma demanda aquecida ao longo do ano, principalmente no aéreo. Destaque para o mês de outubro, com os shows confirmados do cantor Bruno Mars. As tarifas se apresentam mais altas que em 2022 e 2023, conquistando um crescimento modesto no ano.

7- Crescimento de diária média e desafios: de uma forma geral, o país apresenta resultados de diária média acima do ano passado, apesar do crescimento mais lento. É possível observar o mercado mais sensível a preço e um incremento ainda baixo das expectativas, que vinham muito altas. O desafio agora é convencer o investidor de que os resultados estão bons, já que todos se acostumaram com grandes evoluções.

8- Rio Grande do Sul: há uma atenção voltada para o estado, principalmente pela catástrofe climática, mas também pela demanda, que obrigou cancelamentos de reservas em todo o Brasil.

9- Tendências de preço em relação a lead time: os mercados têm subido os preços gradativamente e deixado de trabalhar com oferta last minute.

10- Efeito dos shows e eventos culturais: são grandes produtores de demanda – vide o comportamento de busca já para os shows do Bruno Mars. As instituições e associações hoteleiras poderiam fazer mais frente às prefeituras e governos estaduais sobre maior incentivo para fomento de eventos e grandes apresentações internacionais.

11- Forecast 2024 x 2023: segundo comparativos de performance, as redes associadas estão prevendo maiores incrementos ainda em diária média do que em ocupação. Apesar disso, há um lado positivo do mercado, evitando o efeito kamikaze e a guerra tarifária.

12- Outras receitas: algumas redes já estão colocando as salas de eventos na precificação dinâmica e análise de RM. O escopo, que antes ficava a cargo das equipes locais, está começando aos poucos a ficar sob a responsabilidade dos revenue managers.

13- Distribuição e paridade tarifária: foi abordada a complexidade e gamas de promoções de canais B2Cs sendo vazadas para o ambiente B2B. Tema esse que merece um round especial.

14- Mercado corporativo: o setor está melhor do que em 2023 e o segmento de grupos também está crescendo gradativamente. Muitos leads estão chegando, porém ainda há necessidade de maior conversão por parte de times comerciais.

15- Tarifas corporativas x flutuação tarifária: ainda é sentida a necessidade de disponibilizar a tarifa flutuante para os clientes com tarifas fixas, porém houve uma pequena retração na compra das flutuantes. Algumas grandes contas já começaram a pedir renegociação de valores ou mudança para tarifa fixa devido ao grande incremento de diária pública.

(*) Crédito da foto: Divulgação/HSMAI Brasil