Jovens adultos estão viajando com mais frequência e ganhando espaço no turismo. Com a Geração Z — de nascidos entre 1997 e 2012 — se destacando quando se trata de poder de compra, com muitos optando por gastar em viagens, as marcas voltam seus olhares para essa fatia de consumidores.

Segundo uma pesquisa encomendada pelo Google, a Geração Z foi uma das impulsionadoras do turismo brasileiro na retomada da pandemia. Ainda que o hábito por viajar tenha sido impactado pela Covid-19, essa geração de jovens adultos está recuperando o tempo perdido viajando com mais frequência.

As marcas de viagens devem entender os comportamentos e expectativas únicos da Geração Z e estabelecer as bases com eles agora para garantir o sucesso futuro. Apesar de serem viajantes engajados, esse nicho de consumidores expressou um nível de confiança mais baixo na indústria de turismo do que outras gerações, de acordo com informações veiculadas pelo Hospitality Net.

Isso reflete uma verdade sobre a Geração Z como um todo — eles tendem a exibir níveis mais baixos de confiança em todos os setores e instituições. Contudo, isso não significa que as marcas de viagens devam simplesmente desistir. Para estabelecer uma base sólida com os viajantes de amanhã, as empresas devem se concentrar em construir uma boa relação e conexão com esses consumidores.

Viajantes frequentes da Geração Z

Como uma categoria tradicionalmente cara, as viagens de lazer há muito são uma atividade mais acessível aos consumidores de renda mais alta. Consequentemente, os viajantes mais frequentes tendem a ser os que ganham mais. Por exemplo, os Millennials em domicílios com renda anual de pelo menos US$ 100.000 tem cinco pontos percentuais a mais de probabilidade de serem viajantes frequentes do que a população em geral; essa diferença é ainda maior para a Geração X e baby boomers, com sete pontos.

Para a Geração Z, essa diferença é de apenas um ponto – na verdade, 61% dos consumidores que fizeram três ou mais viagens de lazer no ano passado vêm de famílias que ganham menos de US$ 50.000 anualmente. O que isso sugere é que a geração mais jovem não está esperando até ter uma certa quantia de renda ou poupança para ver o mundo; eles estão encontrando maneiras de encaixar o turismo em seus orçamentos agora.

Apesar de sua juventude e renda comparativamente baixa, os nativos dessa geração estão viajando com frequência. Pouco mais da metade desses jovens adultos (52%) são viajantes frequentes, o que significa que fizeram pelo menos três viagens de lazer no ano passado. Essa parcela é significativamente maior do que para os membros da Geração X e baby boomers, e está no mesmo nível dos Millennials, que atualmente são o foco da indústria.

À medida que a Geração Z envelhece e cresce em poder de compra, ela provavelmente ultrapassará os Millennials no quesito viagens.

(*) Crédito da foto: creativechriatians/Unsplash