Os viajantes de negócios ganharam protagonismo novamente na cidade de São Paulo. Segundo dados do IMAT (Índice Mensal de Atividade do Turismo), apurado pela FecomercioSP, o turismo paulistano faturou R$ 54 milhões em maio — 11,6% acima do registrado em abril e 71% superior ao constatado no mesmo período em 2022.

Ao contrário do recuo apresentado em abril, maio não sofreu interferências significativas de feriados. O turismo corporativo, carro-chefe da capital paulista, levou o IMAT a alcançar uma variação positiva de 2,9% — cenário já previsto pela FecomercioSP.

Outro crescimento relevante observado foi na movimentação de passageiros nos terminais aéreos da região: de 160 mil, em abril, para 163 mil, na média diária do quinto mês do ano. Em relação ao mesmo período do ano passado, a elevação foi de 24%. Por outro lado, os terminais rodoviários registraram queda mensal de 7,2%, ao passar de 38 mil para 35 mil. No entanto, o montante está 6% acima do registrado em maio de 2022.

Para a FecomercioSP, apesar de a redução na movimentação nos terminais rodoviários se mostrar uma tendência, não representa queda significativa, mas uma manutenção em nível mais baixo do que os resultados constatados há alguns meses. Essa conjuntura pode ser explicada pela alternância de modais, dado o custo relativo menor das passagens aéreas. Consequentemente, os consumidores voltaram a optar pelo deslocamento por meio dos aeroportos.

Ocupação e geração de empregos

A taxa de ocupação ficou praticamente estável: 64,9% em maio, ante 64,3% do mês anterior. Há um ano, esse número estava pouco acima dos 70%. Embora tenha havido uma queda anual, a diária média registrou elevação de R$ 200 em um ano. No quinto mês de 2023, ficou em R$ 657,80, valor que aponta o aquecimento da demanda turística na cidade.

Por fim, os empregos formais tiveram leve aumento de 0,2% no mês. São 416,2 mil trabalhadores com carteira assinada que estão direta e indiretamente ligados ao turismo. A evolução do emprego é um ótimo indicador antecedente, explica a FecomericoSP, uma vez que os empresários só contratam em uma conjuntura mais promissora.

Para os próximos meses, a expectativa da Federação é de uma oscilação nos resultados, pois, em junho, o feriado de Corpus Christi pode ter gerado um impacto de redução da atividade no mês. Além disso, julho é um período tradicionalmente fraco no mundo corporativo em decorrência das férias escolares.

(*) Crédito da foto:  Carlos Kenobi/Unsplash