Ontem (25), a Choice Hotels pediu à Wyndham Hotels & Resorts que retomasse as negociações de fusão, enquanto respondia publicamente às preocupações levantadas pelos executivos da Wyndham sobre a viabilidade de execução, incluindo questões sobre a escrutínio regulatório.

Enquanto isso, junto ao balanço do terceiro trimestre, a Wyndham emitiu um comunicado afirmando que seu conselho administrativo acredita que suas perspectivas de crescimento oferecem retornos superiores, mesmo levando em consideração os riscos, em comparação à fusão. Mais uma vez, rejeitou a oferta, que elevaria o valor de mercado da Wyndham a cerca de US$ 7,8 bilhões, além da dívida.

Uma das questões em disputa é se os órgãos reguladores dos EUA se oporiam à consolidação. Executivos da Choice disseram ter recebido aconselhamento jurídico de que a fusão receberia, sim, aprovação dos órgãos regulatórios.

A Choice Hotels detém 16% do mercado de hotéis econômicos de rede nos EUA, enquanto a Wyndham detém 36%, de acordo com o Financial Times.

Ainda na quarta-feira, dados do CoStar afirmam que “metade dos quartos de hotéis de classe econômica nos EUA são independentes”.

Choice e Wyndham

A negociação começou há seis meses. Na primeira oferta, em abril, a dona da Comfort ofertou US$ 80 por ação, sendo a maior parte com papéis da empresa. A potencial união criaria uma das maiores redes de hotéis econômicas nos EUA, além de ambas deterem um inventário significativo no exterior, o que inclui o Brasil. Por aqui, algumas operadoras nacionais administram propriedades com marcas das duas companhias, entre elas a Atlantica Hospitality International.

A Choice tem 7.827 hotéis no seu portfólio em todo o mundo, sendo a esmagadora maioria no mercado norte-americano. Já a Wyndham tem cerca de 9,1 mil propriedades globalmente, com 845 mil quartos no portfólio. Ambas têm nas franquias seu modelo de negócio principal.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Choice Hotels