O aumento de 1,9% no PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil no primeiro trimestre gerou impactos positivos no mercado financeiro. Os números divulgados dia 1º de junho pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) levaram 10 bancos a revisarem suas projeções para a economia do país, segundo o NeoFeed.

A surpresa positiva, com expectativa de mais crescimento na agropecuária, que puxou o PIB para cima, melhora o índice de consumo e resiliência do mercado de trabalho estão entre os pontos de destaque para o incremento nas projeções das instituições financeiras envolvidas.

Vale destacar que bancos como Itaú, Santander, C6 e BNP não divulgaram suas expectativas. Contudo, as instituições que realizaram as projeções apontam um cenário mais otimista do que o esperado. O Bank of America, por exemplo, foi a que calculou a maior variação de crescimento do PIB do país em 2023 — saltando de 0,9% para 2,3%.

Os analistas David Becker e Natacha Perez argumentam que, apesar da alta de oferta provocada pelo setor agrícola, os resultados do PIB do primeiro trimestre refletem os efeitos da política monetária do BC (Banco Central).

O Citibank realizou duas revisões de projeção do PIB para 2023. Até meados de maio, o banco esperava incremento de 0,3%. Já no dia 30 do mesmo mês, a instituição financeira aumentou a expectativa para 1%. Após o anúncio do IBGE, o salto foi para 2,3%.

Já o Bradesco também anunciou sua terceira projeção para o PIB brasileiro. Após previsões de 1,5% e 1,8%, o banco reajustou a expectativa para economia para 2,1%.

Bancos estrangeiros

O banco americano Goldman Sachs destacou o crescimento do setor de serviços pelo 11º trimestre consecutivo. A revisão do indicador foi de 1,75% para 2,6%. O J.P. Morgan ressaltou que o PIB do primeiro trimestre aponta uma queda de inflação em 2023.

Mesmo mantendo a projeção de início de corte da Selic pelo BC apenas para o quatro trimestre, o J.P. Morgan revisou de 1,7% para 2,4%.

(*) Crédito da foto: mktgarccia/Pixabay