Em uma conversa abrangente sobre IA (Inteligência Artificial) generativa e viagens, executivos do segmento seguem debatendo os impactos da nova tecnologia no mercado. Entre desafios e oportunidades, especialistas acreditam que a solução tem o poder de auxiliar positivamente as empresas.

Prashant Bhugra, chefe de viagens da Microsoft; Brett Keller, CEO da Priceline; e Gilles Trantoul, vice-presidente de Marketing deProdutos e Estratégia de Portfólio da Amadeus debateram aspectos sobre o impacto da nova tecnologia no segmento. Os executivos sentaram-se com o moderador Robert Cole, analista sênior de Pesquisa em Hospedagem e Viagens de Lazer para a Phocuswright.

Os profissionais focaram nas oportunidades que a IA generativa oferece para a indústria de viagens, destacando algumas que parecem ter cativado o setor, como a automatização mais eficiente de chatbots, maior produtividade para os funcionários e a mitigação de barreiras linguísticas.

Os impactos

Parte do apelo dos chatbots alimentados por IA generativa é sua capacidade de manter uma conversa semelhante à humana. “Então, você pode vir até nós como se acreditasse que tem um humano na sua frente”, disse Trantoul. “E isso tem implicações diretas na fase de inspiração, reserva assistida e parcialmente no atendimento, quando se trata de como fazer perguntas ou até mesmo educar alguém “.

Bhugra concordou que a capacidade dessa tecnologia de interagir como se fosse o “copiloto” do usuário é bastante transformadora. “A capacidade de ajudar os desenvolvedores a serem mais produtivos e eficientes é algo que me impressiona bastante. O aspecto de realizar todo tipo de tarefas complexas – como comparar dois destinos, ou comparar hotéis, é muito trabalho que você teria que fazer manualmente. Eu acho que você pode contar com a GenAI para ajudá-lo com essas tarefas e realmente realizá-las muito rapidamente”.

A IA generativa também tem o potencial de ajudar a remover barreiras linguísticas, tornando as viagens mais universais, na estimativa de Bhugra. “Você vai estar falando com empresas que podem não estar no seu idioma quando você está em um destino”, disse ele, observando que a tecnologia oferece a capacidade de se comunicar mais rapidamente e concluir tarefas, mesmo se você não estiver operando em sua língua nativa.

“Essa tecnologia pode realmente ajudar, fazendo desde o reconhecimento de fala, basicamente convertendo o que foi dito para a língua nativa do usuário, implementando a tarefa, obtendo a resposta e depois do texto para a fala, até a devolução para o usuário final”, finalizou o executivo da Microsoft.

(*) Crédito da foto: DCStudio/Freepik