Maurício Bernardino, ex-presidente da ABIH-SP, Pâmela Rego, do Luz Plaza, Peter Kutuchian, do Hôtelier News,
Fabiana Ramalho, do Hampton Park, Luiz Adlen, do Bourbon São Paulo, Erivan Dantas,
do San Raphael Hotel, e Oto Gomes, da VivaEnjoy
(foto: Filip Calixto)

"A força vem da união", já dizia o ditado. E, crendo nele, alguns gerentes gerais de unidades hoteleiras instaladas na região central da capital paulista dedicaram parte da manhã de hoje (31) para debater e encontrar soluções coletivas para situações que afligem a atividade de hospedagem nas adjacências. Na pauta soberana, a necessidade de enfatizar o centro de São Paulo como destino atrativo e, a partir daí, criar mecanismos que aumentem resultados de ocupação e potencializem a rentabilidade.

A reunião ocorreu na área de eventos do Bourbon São Paulo Business Hotel e contou com a presença de Pamela Rego e Fabiana Ramalho, ambas representando a rede BHG (Brazil Hospitality Group) e o Hotel Luz Plaza, Rachidé Haddad e Josy Ribeiro, as duas em nome do San Juan São Paulo, Erivan Dantas, gerente do San Raphael Hotel, Maurício Bernardino, ex-presidente ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo), Oto Gomes, da VivaEnjoy, Peter Kutuchian, do Hôtelier News, além do anfitrião Luiz Adlen.

O desafio de aumentar as receitas do hotel sobre o fluxo de clientes que fazem check-in diariamente ganhou atenção. Trocando em miúdos, os gestores concordaram sobre a necessidade de aumentar a fatia de clientes que pernoitam tendo negociado diretamente com o meio de hospedagem e, consequentemente, diminuir a quantidade de hóspedes que compram diárias por meio de OTAs que, não raramente, exercem tarifas de comissionamento por vendas acima do desejado.

O cenário ideal, apontam, é que os hotéis tivessem maior controle de negociação junto ao cliente. Assim, abre-se a possibilidade de oferecer preços equivalentes aos encontrados em sites intermediários ou aumentar a quantidade de benefícios que o cliente pode usufruir durante sua estadia. Contudo, aí reside um dilema: nem toda rede ou empreendimento está apto a investir mais em ferramentas de interlocução com seu hóspede, ao passo que os comissionamentos para mediadores seguem sem quedas.


A dupla da rede San Juan, Rachidé Haddad e Josy Ribeiro

"Somos um mercado que não hesita em pagar comissões para OTAs e titubeia na hora de investir em ferramentas de tecnologia que podem fazer nosso cliente ter contato direto conosco", pondera Rosy Ribeiro, que teve consenso dos demais participantes na declaração.

No campo das ações conjuntas possíveis – ensejo principal reunião -, Luiz Adlen levantou a possibilidade de os empreendimentos realizarem investimentos conjuntos que façam o visitante hospedado conhecer melhor o lugar onde está. "Precisamos fazer da nossa localização um produto valorizado e intensificar a divulgação. Esse é o nosso ambiente e cabe a nós extrair dele o melhor", diz.

Adlen ressaltou ainda uma recente medida tomada pela rede, trazer profissionais que vendem o hotel para conhecer o centro histórico da cidade e terem mais ciência do produto envolvido nessa comercialização. "Conhecer gera argumento para vendas, e a experiência está atrelada a este conhecimento", pontuou.

Parcerias com estabelecimentos da região, ideias de valorização do destino e personalização da experiência que o cliente vive em hotéis nas proximidades foram outros temas presentes na reunião. "Podemos avanças e tomar medidas que sejam mais concretas. Se agirmos em conjunto", sintetiza o gerente do Bourbon.

Serviço
www.sanraphael.com.br
www.bourbon.com.br
www.sanjuanhoteis.com.br
www.bhghoteis.com.br