Levantamento da Resorta BrasilNúmeros são fruto de trabalho da ABR com o Senac

Organização formada por 48 meios de hospedagem, a ABR (Associação Brasileira de Resorts) divulgou um relatório mostrando o desempenho de seus afiliados ao longo de 2017. Segundo o levantamento, a receita média obtida no ano foi de R$ 892,13, crescimento de 3,98%. A taxa de ocupação média foi de 59%, índice 7,13% inferior ao recorde histórico registrado em 2016 – 63,5%.

A performance do último ano em relação a temporada anterior, segundo os representantes da associação está diretamente relacionada ao momento econômico do país. Em 2016, quando a crise era sentida com mais intensidade, as viagens internacionais diminuíram e os resorts lucraram. No período seguinte, com o início da retomada, os turistas voltaram ao exterior e a ocupação caiu.

"Recuos como esse de 2017 devem ser entendidos mais como fator isolado do que como tendência", considera Alberto Cestrone, presidente da ABR. "O bom desempenho da receita média é um ponto muito positivo, pois indica que os resorts conseguira manter a rentabilidade do negócio mesmo com a ocupação aquém do esperado", completa.

"Aos pouco caminhamos para uma recuperação em 2018. Para isso, apostamos no crescimento do segmento corporativos do mercado internacional", aponta o gestor. 

O índice que fortalece o contentamento da ABR com o relatório é uma sigla pouco utilizada nos balanços do setor. O TRevPar (Total Revenue per Avaliable Room) também apresentou decréscimo de 3,43% e teve média de R$ 526,11. Os melhores desempenhos foram registrados em janeiro, julho, novembro e dezembro.

Levantamento contou com parceria do Senac

Pelo sexto ano seguido, o Senac é o parceiro da ABR para a obtenção dos indicativos. O pesquisador Antonio Carlos Bonfato fica responsável pela coordenação anual do relatório. De acordo com ele, as especificidades dos resorts ainda precisam ser estudadas e por isso a sequência do estudo é fundamental para o desenvolvimento do mercado.

Voltando aos números, Bonfato especifica o perfil de público dessas unidades. No ano passado, 60,4% dos hóspedes utilizaram os resorts para fins de lazer, 12,4% para negócios e 17,3% para eventos. 

A pesquisa entra ainda em minúcias da atividade. Um exemplo está na informação da redução de custos dessas propriedades. Nesse quesito, Alimentos e Bebidas foi o maior exemplo diminuindo em 1,87% os valores gastos anteriormente. "Somente os valores de frutas diminuíram cerca de 16%", diz o pesquisador.

O relatório tem ainda mais números específicos dos resorts brasileiros. A íntegra do material pode ser encontrada na página da associação na internet.

Os dados foram divulgados hoje (2) durante o dia de abertura da WTM-LA 2018.

* Foto de capa: Filip Calixto