O WTM Global Report, divulgado ontem (7), na WTM London 23, traz informações importantes sobre o comportamento do viajante. De acordo com o relatório, o número de viagens a lazer realizadas em 2023 chegará a 90% do alcançado em 2019. Apesar disso, em termos de dinheiro movimentado, o ano terá saldo positivo em igual base comparativa. Ainda de acordo com a pesquisa, as famílias têm priorizado o turismo para seus gastos discricionários, conforme aponta o Hotel News Resource.

O relatório explica, ainda, que o aumento dos custos de combustível, mão de obra e financiamento para o setor de aviação é um dos fatores que impulsionam os preços. No entanto, os consumidores em economias avançadas estão priorizando os gastos com viagens de lazer a curto prazo, enquanto as tendências gerais de crescimento para esse turisomo nos mercados emergentes estão de volta aos níveis anteriores à pandemia.

“O aumento dos custos, combinado à possíveis mudanças negativas na perspectiva do consumidor, pode representar uma ameaça para a indústria. Mas, atualmente, não há sinais claros de que os custos estejam desencorajando o volume de viagens”, diz o estudo.

A demanda por viagens de lazer em 2024 será robusta, aponta o relatório, e o turismo doméstico deve continuar a se sair bem. O crescimento a longo prazo do setor é forte. Até 2033, os gastos com viagens de lazer deverão mais do que dobrar os níveis de 2019. Um dos impulsionadores, segundo o relatório, será o aumento significativo no número de famílias na China, Índia e Indonésia capazes de pagar por viagens internacionais.

Destinos que estão caminhando para um aumento de três dígitos no valor de seus negócios de lazer entrante na próxima década incluem Cuba (crescimento de 103%), Suécia (179%), Tunísia (105%), Jordânia (104%) e Tailândia (178%).

Ressalvas

Uma ressalva ao otimismo a longo prazo é a mudança climática, embora o relatório afirme que o principal impacto será a demanda deslocada e mudanças na sazonalidade.

Juliette Losardo, diretora de Exposições da World Travel Market London, no entanto, enfatizou o lado positivo. “O WTM Global Report analisa de forma incrivelmente detalhada como nossa indústria se recuperou após a pandemia. Está repleto de indicadores positivos que validam o trabalho que todos nós realizamos para reerguer as viagens”, afirma. “No entanto, não há espaço para complacência. Encorajamos as empresas de turismo a analisar as seções sobre os impulsionadores da demanda, os riscos e oportunidades e as tendências emergentes dos viajantes. Mapear sua própria abordagem desses tópicos em relação às opiniões de nossos especialistas é uma maneira rápida para qualquer empresa avaliar o caminho que está seguindo”.

(*) Crédito da foto: Wirestock/Freepik