Apaixonada por tecnologia e causas sociais, Maitê Teixeira tem como missão profissional impactar positivamente a vida das pessoas. Aos 42 anos, a gerente de Vendas do Cana Brava Resort também atua como membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil.

Natural de São Paulo, mas baiana de coração, Maitê se mudou para Salvador aos 17 anos, onde iniciou sua trajetória no turismo. Formada em Comunicação Social e Marketing, a executiva ainda possui certificações em Liderança. Marketing Digital, ESG, Gestão de Pessoas, Inovação, entre outras áreas.

Mãe da Rafaela e do Pedro, a gerente do resort baiano iniciou sua carreira como assistente de Eventos na BBTurismo, onde permaneceu por três anos. Em seguida, foi convidada para fazer a implantação do mesmo departamento no Cana Brava, onde está há 19 anos.

“Ao longo da minha carreira no resort fui crescendo, passando pelas áreas de Atendimento, Reservas, Comercial e Marketing até chegar à gerência que engloba a gestão de todos esses departamentos. Também fui idealizadora dos comitês de Inovação e Sustentabilidade do Cana Brava”, conta.

Três perguntas para: Maitê Teixeira

Hotelier News: Como membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil, você acompanha de perto as movimentações do setor e as enxerga na prática como gerente de Vendas do Cana Brava Resort. Como as duas posições se complementam? Quais boas práticas da entidade são aplicadas no empreendimento?

Maitê Teixeira: Ser membro do Comitê de Inteligência de Mercado da Resorts Brasil é uma troca muito importante, pois ao mesmo tempo que posso contribuir com a associação e todo segmento de resorts brasileiros, também aprendo com outros integrantes da entidade, e principalmente, tenho a oportunidade de implementar ações que considero fundamentais para todo o setor e também para o Cana Brava. Ter a possibilidade de analisar o mercado em geral, faz com que minha visão como gestora se amplie cada dia mais.

No Comitê, temos como objetivo analisar em conjunto as tendências de mercado, identificar oportunidades, analisar dados, sugerir parcerias e debater temas que venham ser necessários, sempre pensando no coletivo.

HN: Em 2023, o lazer entrou em uma sequência de estabilidade frente ao ano passado, o que sinaliza uma perda de ritmo para 2024. Como os resorts podem se manter competitivos em um cenário de maior esforço para o segmento?

MT: Realmente existe uma projeção de estabilidade de procura por resorts em 2024, e inclusive o Google já sinalizou que as buscas para hospedagem em resorts para o ano que vem não apresentam evolução.

Os números do Cana Brava vão de encontro à projeção de mercado, e estamos com a pick up mais acelerada para embarques em 2024. Na minha opinião, acredito que o grande diferencial seja trabalhar com ações para vendas antecipadas e principalmente atuar na experiência do cliente, mostrar aos viajantes que os resorts brasileiros estão comprometidos cada vez mais em oferecer uma estada memorável frente a outros destinos internacionais, além de outros segmentos de hospedagem, como navios e aluguéis de temporada.

HN: O mercado internacional se mostra como um dos maiores concorrentes dos resorts no momento atual. E o caminho inverso? O setor está conseguindo absorver a demanda estrangeira? Qual a expectativa para esse nicho em 2024?

MT: Estamos vendo uma retomada de estrangeiros buscando por resorts brasileiros, principalmente no Nordeste. Voos internacionais que foram cancelados na pandemia já retomaram a frequência em 2023, além de voos charters que também já estão confirmados para alguns destinos da região para 2024. Outro ponto relevante é que os resorts brasileiros voltaram a participar com mais força das feiras de turismo internacionais. Também estamos acompanhando uma movimentação maior da Embratur com objetivo de potencializar estratégias para fomentar o turismo internacional. Com todas essas ações, acredito que teremos crescimento nessa demanda externa em 2024.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Cana Brava Resort