Baiano de 43 anos, Jerônimo de Albuquerque tem três filhos: Pilar, Pérola e Lucca. Nas horas vagas, o controller geral do Grupo Porto Seguro Hotéis e Resorts gosta de ver filmes, séries, leitura, escrita e meditação, e dedicar um tempo a simplesmente não fazer nada. Na música, possui gosto eclético, apreciando discos clássicos do rock nacional, como Krig-ha Bandolo!, de Raul Seixas, e Cabeça Dinossauro, dos Titãs.

Devido ao tempo escasso, suas leituras se concentram em temas que possam contribuir para o desenvolvimento pessoal, abrangendo desde livros de autoajuda até assuntos como amor, espiritualidade, hospitalidade, controladoria e outras disciplinas afins. Atualmente, está imerso nos livros A história do amor no Brasil, de Mary del Priore, e A estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne.

Em casa, com a família, gosta de desfrutar de momentos divertidos, discutindo mapas astrológicos, elaborados pela esposa. Por último e não menos importante, tem atuado como celebrante de casamento, em paralelo com as demais atividades do cotidiano. Apaixonado pela hotelaria, Albuquerque costuma dizer que foi escolhido pelo setor, e não o contrário. No IFBA (Instituto Federal da Bahia), fez o curso técnico de Turismo, integrado ao ensino médio, o que foi um divisor de águas na vida do executivo.

Em seguida, conseguiu um estágio na área e em 1998 conquistou seu primeiro emprego, na Rede Porto Firme de Hotéis, em Porto Seguro (BA). Em 2004, mudou-se para recife para estudar Teologia e, durante a estada na capital pernambucana, trabalhou no Grupo Pontes. Em 2009, mudou-se para São Paulo, onde integrou o Grupo Tauá de Hotéis por 10 meses e, no ano seguinte, retornou a Porto Seguro, onde permaneceu até 2013. Na sequência, trabalhou no Arraial d’Ajuda Eco Resort, atuando por oito anos e, em seguida, chegou ao Grupo Porto Seguro.

Após se tornar controller, fez uma pós-graduação em Contabilidade, Auditoria e Controladoria na Uninter, além de diversos cursos de aperfeiçoamento, como Lean Seis Sigma, Power BI e Formação de Gerência Geral. Recentemente, concluiu uma especialização em Controladoria pela FGV (Fundação Getulio Vargas) e atualmente cursa Gestão de Hotelaria na URM. Convidado de hoje (8) do Três perguntas para, o executivo fala ao Hotelier News sobre estratégias, perspectivas, entre outros pontos.

Três perguntas para: Jerônimo de Albuquerque

Hotelier News: Você atua como controller no Grupo Porto Seguro de Hotéis e Resorts há pouco mais de dois anos. Neste período, quais estratégias você consegue citar como as que mais geraram resultados positivos para a companhia?

Jerônimo de Albuquerque: Uma das estratégias consiste em otimizar ao máximo o sistema de informação gerencial utilizado pelo hotel, assim como outros sistemas que a empresa crie ou adquira, bem como os recursos materiais e humanos disponíveis, visando obter maior eficiência e eficácia na execução da rotina. Outra estratégia, que deriva da primeira, é aprimorar a qualidade do registro das informações, estabelecendo as amarrações necessárias para a coleta de dados e criação de indicadores.

Isso permite que a Controladoria exerça a função de uma central de informações relacionadas aos números, estudos, análises, entre outros, a fim de auxiliar a empresa na tomada de decisão. Uma terceira estratégia é ouvir e buscar atender às necessidades específicas comunicadas pela companhia, respeitando a cultura organizacional e a velocidade únicas de cada uma.

HN: Hoje, o controller atua cada vez mais auxiliando na tomada de decisão nos hotéis. Dessa forma, a integração desse profissional com todos os segmentos dos empreendimentos não somente é aconselhável, mas essencial. Assim, como promover essa conexão? Como fazer com que os times se direcionem para um mesmo objetivo?

JA: Por meio do constante fomento da cultura de que a Controladoria está presente para apoiar o crescimento da empresa, bem como a melhoria dos processos e dos profissionais que ali atuam, mostrando disponibilidade prática para ajudar, os resultados tendem a ser mais positivos. Quanto melhor for o processo de comunicação entre os setores, melhor será o resultado obtido.

Com uma comunicação não violenta e o estabelecimento de uma relação ganha-ganha, desconstrói-se o mito de que um profissional de ponta precisa ser chato na acepção negativa da palavra. As pessoas podem até suportar gente chata por um determinado tempo; no entanto, assim que possível, buscam ambientes onde possam trabalhar com pessoas melhores.

HN: Recentemente, você conquistou o Prêmio VIHP na categoria Controller, reforçando a importância desse profissional na hotelaria. Como foi, para você, receber essa premiação?

JA: Em retrospecto, como um dos gerentes com quem tive o privilégio de trabalhar costumava afirmar: “a subida é íngreme!”. Durante minha trajetória, tenho enfrentado desafios e promovido mudanças constantes, muitas vezes retrocedendo antes de avançar novamente. Receber este prêmio é mais do que uma simples conquista; é o resultado tangível de anos de dedicação.

Este reconhecimento como o melhor Controller do Brasil não é apenas uma honra pessoal, mas um indicativo claro de que estou trilhando o caminho certo. É um lembrete constante da importância de manter a excelência e a inovação em todas as áreas de atuação. Este momento de celebração também serve como um lembrete do compromisso contínuo de planejar e executar novos projetos, de buscar constantemente o aprimoramento e de estar aberto a novos horizontes e oportunidades que possam surgir no meu caminho.

(*) Crédito da foto: Otoniel Catarino/Arquivo Pessoal