Curitibano de 65 anos, Jayme Canet Neto é uma das principais cabeças pensantes da Rede Deville. Diretor presidente da empresa, o executivo é formado em Administração de Empresas com especialização em Hotelaria pela Cornell University, nos EUA.

Ainda que 2021 não seja o suficiente para recuperar todas as perdas causadas pela paralisação do turismo, fechamento dos hotéis e quedas bruscas na ocupação, a Deville vem se mostrando otimista para a segunda metade do ano.

“Nosso parâmetro quantitativo de retomada é o ano de 2019 e a expectativa hoje é que nosso volume de receitas em 2021 fique entre 60% e 63% do que foi antes da pandemia, mas pela aceleração das reservas nas últimas semanas podemos ser positivamente surpreendidos”, diz Canet.

Investindo com força nos setores comercial e de marketing, com foco principalmente em mídias online. “Estamos fazendo uma verdadeira revolução digital no nosso marketing e distribuição para sermos mais efetivos, principalmente no B2C diante da mudança da segmentação do mercado pós pandemia”.

Agora, chega de spoilers. Leia abaixo a entrevista completa.

Três perguntas para: Jayme Canet

Hotelier News: Quais as expectativas para encerrar 2021 em termos de volume de receita? 2021 será um ano de recuperação?

Jayme Canet: Sim, será um ano de recuperação, principalmente no segundo semestre. Começamos 2021 com um cenário positivo, então houve uma reversão muito severa em março e abril causada pela segunda onda do Covid-19, e um recomeço da recuperação em maio e junho, e finalmente um salto positivo em julho. Nosso parâmetro quantitativo de retomada é o ano de 2019 e a expectativa hoje é que nosso volume de receitas em 2021 fique entre 60% e 63% do que foi antes da pandemia, mas pela aceleração das reservas nas últimas semanas podemos ser positivamente surpreendidos.

HN: Quais são as maiores forças da Rede Deville para a retomada no segundo semestre?

JC: Estamos fazendo uma verdadeira revolução digital no nosso marketing e distribuição para sermos mais efetivos, principalmente no B2C diante da mudança da segmentação do mercado pós pandemia. Outro ponto forte é a condição dos nossos hotéis, no aspecto físico entramos na pandemia com todas nossas propriedades renovadas, resultado de um investimento de mais de R$ 100.000.000,00 nos últimos oito anos. Também estamos retornando todos nossos serviços ao hóspede, respeitando nossos protocolos de higiene e segurança para oferecer uma experiência completa aos nossos clientes.

HN: As franquias estão em amplo crescimento no mercado hoteleiro. Como a rede enxerga esse movimento? A Deville também considera esse modelo de expansão?

JC: É um movimento que deve acelerar, principalmente para os hotéis urbanos, mas a Deville hoje não tem planos em ser franqueadora. Mas num ambiente de constantes mudanças, estamos sempre reavaliando nossas estratégias.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Rede Deville