Três perguntas para: Gabriela Schwan
16 de agosto de 2021Empossada no final de 2020, mas desde janeiro do mesmo ano desempenhando a função de CEO da Swan Hotéis no Brasil, a gaúcha Gabriela Schwan divide o tempo com a coleção de unidades em Portugal. Mas além dos deveres profissionais, a executiva também cumpre o papel de mãe de um menino de 11 anos e uma menina de seis anos. Ao todo, são 22 anos no setor do turismo, passando por gestão hoteleira e hospitalidade.
Ainda no lado familiar, são 16 anos de casamento, aproveitando o tempo livre para ficar com as crianças. Em seu tempo livre, além de aproveitar os filhos, Gabriela joga golfe e, como executiva antenada que é, desenvolve colaborações em sua segunda paixão profissional: moda.
A participante da sessão Três Perguntas de hoje (17) é formada em Hotelaria pela Universidade de Caxias do Sul. Além disso, possui MBA em Gestão Empresarial na FGV (Fundação Getúlio Vargas) e se especializou na Universidade de Cornell, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em um programa de gerentes gerais.
Três perguntas para: Gabriela Schwan
Hotelier News: A poucos meses de completar um ano como CEO empossada da Swan Hotéis, quais as ações coordenadas até aqui? O que ainda falta concluir?
Gabriela Schwan: Sou CEO desde janeiro de 2020. As primeiras ações coordenadas ocorreram após ser surpreendida pela Covid-19, foi montar um comitê de crise. Tomamos a decisão de não fechar a rede, isolar as pessoas de risco, fazer os protocolos de segurança desde o início, antes mesmo do mercado apresentar alguma regulamentação para isso.
Usamos os recursos trabalhistas do governo, readequamos estratégias, trocamos a agência de Marketing e começamos o processo de ressignificar a marca. Buscamos propósitos claros e, a partir disto, redesenhamos as categorias dos hotéis e modelos de atuação pensando nos próximos anos.
Criamos um novo produto que tem por objetivo ser uma collab com marcas relevantes que tenham tecnologia, arte, design e um mix used, que será analisado a situação de cada região no mercado. Eis que surge a decisão de transformar uma das unidades na capital de Porto Alegre num produto que passa a ser chamado Swan Generation com coworking, offices, coliving, aptos de hotelaria design com arte, sala digital, sala de reuniões e eventos, lobby integrado com gastronomia. Pretendemos abrir em soft open em setembro agora.
Trouxemos um pouco da experiência da hotelaria de lazer de Portugal e estamos finalizando o primeiro hotel no Brasil em Canela (RS) na linha de lazer e lifestyle. A rede também passa neste produto a iniciar do mercado de multipropriedade. Iniciamos um processo de gestão mais horizontal e começamos a trabalhar um projeto de diversidade e inclusão. No início de 2022 vamos trabalhar no planejamento estratégico para os próximos anos.
HN: Com o mercado em reaquecimento por conta da vacinação e das flexibilizações, o que a companhia espera do segundo semestre? E dos primeiros meses de 2022?
GS: Já se percebe uma recuperação em U no corporativo, pois ainda depende muito da área de grandes eventos. E uma recuperação em V na hotelaria de lazer. A alta do câmbio somado às dificuldades de viajar ainda traz uma demanda reprimida e o turismo interno irá vivenciar um momento especial. Nos produtos corporativos no segundo semestre esperamos equilibrar o ano.
HN: Com 28 anos recém-completados, quais são os próximos passos da Swan? Além da retomada, o que está incluído no plano estratégico da rede?
GS: O plano estratégico será aprofundado ano que vem, mas está muito claro que vamos expandir o modelo do Swan Generation para produtos corporativos e de multipropriedade para a hotelaria de lazer e lifestyle. Em Portugal, estamos desenvolvendo alguns produtos de short-term rental. Além de expandir vamos levar estas soluções ao mercado.
(*) Crédito da foto: Divulgação/Swan Hotéis