Se o Fazzenda Park Hotel vem colhendo bons frutos de ocupação e diária média, um dos fatores que pesaram é o fato de seu gestor Comercial, Antônio Coradini, conhecer bem o destino em que o empreendimento está inserido. Natural de Gaspar (SC), cidade em que o hotel está localizado, o profissional atua no resort há seis anos.

Em maio deste ano, Coradini passou a liderar as equipes comercial e de marketing da propriedade. Com 37 anos, o executivo é pós-graduado em Marketing e Comunicação pelo INPG Business School e em Gestão Comercial pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

Sempre em busca de novas experiências, Antônio Coradini é apaixonado por viagens, principalmente por destinos litorâneos.

Em entrevista ao Hotelier News, o executivo revela o segredo do sucesso dos números do Fazzenda Park perante um cenário de incertezas no mercado hoteleiro.

Três perguntas para: Antônio Coradini

Hotelier News: O Fazzenda Park Hotel vem conquistando números impressionantes de ocupação nos últimos meses. O que foi priorizado pela equipe de marketing para traçar as estratégias?

Antônio Coradini: O primeiro passo foi entender o momento e os fatores externos. Com a pandemia ainda influenciando diretamente nos hábitos de todos nós, procuramos entender quem era o público que viria para o nosso resort. Por exemplo, nossa demanda no primeiro semestre estava muito concentrada no público regional e particular, com o avanço das vacinas, os grupos rodoviários começaram a viajar novamente. Esse entendimento foi fundamental para elaboração das estratégias e para o mercado. Focamos fortemente em ações institucionais, fortalecimento de marca, como por exemplo, a live de vendas realizada no início de maio. Também direcionamos os nossos maiores investimentos para as redes sociais, com anúncios patrocinados em grandes centros. O foco como um todo, foi de mostrar que estávamos preparados para atender com toda a segurança, sem perder o encantamento e qualidade.

HN: Atualmente, o hotel opera com 50 UHs a menos, o que puxou a diária média para cima. Existe previsão para liberar o restante do inventário? E como manter as taxas caso a oferta chegue à sua totalidade?

AC: Com todo o projeto de ampliação do resort, até o final do próximo ano deveremos chegar ao total de 365 UHs. Nosso planejamento de marketing para 2022 está totalmente focado na nacionalização do produto, com a participação em feiras em diversas regiões do Brasil. O mercado de São Paulo também ganhou forças com a contratação de um executivo exclusivo para este estado.

Na região Sul, onde já possuímos uma participação mais efetiva, ações com o trade serão lançadas ainda este ano para agentes e operadores, nossos principais canais. Por fim, também temos uma demanda reprimida do Mercosul, especialmente Uruguai e Chile que já sinalizaram a retomada da parceria. Enfim, acreditamos e estamos trabalhando fortemente para que a demanda hoje ainda reprimida de alguns mercados volte com força total no próximo ano, o que também irá compor essa ampliação prevista.

HN: Como se divide a distribuição do hotel? Canais diretos têm maior protagonismo?

AC: Tivemos nos últimos 18 meses um aumento considerável nos canais de vendas particular e especialmente o de e-commerce, que assumiu o protagonismo no período. Nossas plataformas de vendas a partir do início do ano passaram a ser integradas com o nosso PMS , o que facilitou o processo de venda direta pelo site. Vale lembrar que isso, lógico, se deve ao momento, onde o regionalismo e a venda direta assumiram este posto. Porém, com a “normalidade” voltando, acreditamos que o turismo rodoviário de grupos deve retomar o posto de maior demanda, especialmente durante a semana. Aos finais de semana e feriados, o mercado de varejo (particular) deve manter-se em destaque.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Fazzenda Park Hotel