Por Toni Sando*

 
Toni Sando, diretor do SPCVB
(foto: arquivo HN)

Todos os dias somos confrontados com o dilema para onde ir, o que fazer e o que será de nosso futuro profissional.
 
Embora nem todos tenham a intenção de erguer uma carreira até o topo da pirâmide – que muitas vezes compromete a vida pessoal e familiar – o que todos almejam – dentro do seu quadrado – é ser feliz e reconhecido pelos funcionários, pares e gestores.
 
Identificar o momento certo de partir para um desafio nem sempre é fácil, e, por muitas vezes, o envolvimento com uma meta, ou comprometimento com um projeto, ou a amizade ou o bom ambiente de trabalho, faz o espírito da acomodação falar mais alto.
 
A estabilidade é natural, porém, nas eras da experiência, da informação e da tecnologia, o mercado não considera este tipo de comportamento como normal.
 
Querer ganhar mais dentro da mesma função, por fazer há muito tempo a mesma atividade, às vezes chega a ser utopia.
 
Qual administrador pagaria mais para alguém fazer o mesmo?
Esperar que a empresa crie condições de desenvolvimento e que apenas ela, na sua avaliação de desempenho, defina seus próximos passos, é terceirizar seu futuro.
 
Não espere que uma pessoa cuide do seu futuro, muito menos em se tratando de uma pessoa… jurídica.
 
Faça, crie, articule seu próprio caminho, pratique o networking.
Porém, realize suas atribuições de forma bem feita, com muita responsabilidade, para se tornar um profissional desejado pelo mercado.
 
O mercado está de olho apenas nos vencedores, e quem define a taxa de empregabilidade é o próprio profissional.
 
Por vezes não é necessário trocar de empresa. É impressionante como numa única empresa existem várias empresas.
 
Dependendo da maneira que o gestor conduz a área em questão, mudar de departamento significa mudar de empresa, de colegas e até assumir desafios mais motivadores.
 
Não adianta ficar apenas no discurso. Temos que criar movimentos para isso.
 
Escolha seu chefe, seu gestor, seu mentor. Estar nas mãos erradas é o mesmo que atrasar sua carreira por um, dois ou muitos anos.
 
Afinal, já dizia o ditado popular “quem não bica, não sai da casca”.
 
Entramos no Ano Novo do Dragão. Acredite ou não, esta é uma boa oportunidade para focar em ganhar dinheiro, pensar na carreira e realizações no plano pessoal.
 
Caso contrário, em vez de construir uma carreira, você poderá fazer uma “carreirinha”, que segundo os entendidos, pode trazer uma sensação de bem estar no momento, mas pode ser totalmente desastrosa com relação ao seu próprio futuro.
 
A hora é agora.
 
*Toni Sando é diretor superintendente do São Paulo Convention & Visitors Bureau e trabalhou por 7 anos como gerente geral de Marketing da francesa Accor. Administrador de empresas, pós-graduado em Marketing e com MBA em Gestão Empresarial, ele acumula também experiência no mercado financeiro.