O setor de viagens corporativas brasileiro alcançou marcos importantes em novembro, com um faturamento de R$ 1,2 bilhão, segundo dados da Abracorp (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas). Esse valor representa um aumento de quase 30% em comparação ao mesmo mês de 2019, quando o faturamento atingiu R$ 967 milhões, e 16,42% em relação a outubro de 2022, que fechou com R$ 1 bilhão. É importante ressaltar que esse crescimento é nominal, ou seja, não desconta a inflação acumulada no período.

O acumulado de janeiro a novembro deste ano chegou a R$ 12,6 bilhões, superando todo o ano de 2022 (como foi anteriormente projetado pela Associação), com R$ 11,2 bilhões, e também 2019, que fechou com R$ 11,3 bilhões.

A Abracorp projeta que o setor de viagens a negócios deve seguir em ascensão, estimando um faturamento acima de R$ 13 bilhões para este ano. O segmento rodoviário também continua crescendo e registrou receita recorde de R$ 4,2 milhões no período, valor que representa quase o dobro do mesmo mês em 2022 e mais de quatro vezes o registrado em novembro de 2019. O incremento dos preços das passagens aéreas pode estar impulsionando essa preferência pelo transporte terrestre.

Crescimento na hotelaria e mudanças no padrão de permanência

O setor hoteleiro também apresentou crescimento, com um acumulado de 2,6 milhões de reservas nacionais, em comparação com 2 milhões em 2019. No entanto, a média de permanência por viajante caiu de quatro dias para três, possivelmente devido à busca por redução de custos por parte das empresas.

O segmento corporativo encerrou o mês de novembro com um total de 902,8 mil transações, superando os números de novembro de 2022, mas ainda abaixo do registrado no mesmo mês de 2019. Estima-se que o número de transações retorne aos níveis pré-pandêmicos já no primeiro bimestre de 2024.

Em comunicado enviado à imprensa, Humberto Machado, diretor executivo da Abracorp, destaca que o mês de novembro poderia ter apresentado um faturamento ainda maior não fosse a sequência de feriados.

(*) Crédito da foto: prostooleh/Pixabay