Rio Grande do Sul busca apoio do governo para fomentar turismo
4 de julho de 2024A Secretaria Estadual de Turismo do Rio Grande do Sul solicitou cerca de R$ 90 milhões ao MTur (Ministério do Turismo) para a promoção de eventos no estado. Com o Aeroporto Salgado Filho, principal terminal gaúcho, ainda fechado, o foco da campanha será destinado ao turismo rodoviário, buscando atrair potenciais turistas a um raio de 600 quilômetros (km) de Porto Alegre.
A iniciativa, que se soma a diversas outras para estimular a retomada, deve ser lançada ainda neste mês, com o objetivo de reverter os efeitos da tragédia no turismo. As enchentes causadas pelas chuvas levaram à perda de 3,3 mil empregos com carteira assinada no setor, segundo balanço do Observatório do Turismo, aponta O Globo.
“Estamos elaborando, em conjunto com a Secretaria de Comunicação do estado, uma robusta campanha de promoção turística a fim de que se consiga mostrar toda a excelência dos nossos equipamentos turísticos, bem como a capacidade efetiva que eles têm hoje de receber os turistas de todos os locais do país, mas com muita ênfase em quem se encontra num raio de 600 km porque se espera que haja um aquecimento do turismo rodoviário ante a suspensão dos voos do Salgado Filho”, explica Luiz Fernando Rodriguez Júnior, secretário de Turismo do Rio Grande do Sul.
Captação de demanda
O inverno é um período importante para o turismo do estado. Assim, Rodriguez Júnior pontua que reforçará a promoção de eventos já tradicionais na agenda, como a Expo Inter, o Festival de Cinema e as festividades farroupilha, que acontecem em setembro. Além disso, o secretário antecipa que o Rio Grande do Sul celebrará os dois séculos de imigração alemã, comemorados neste ano.
“A ideia é promover uma Oktoberfest em todas as cidades com forte descendência alemã, que tenham vocação turística. Teremos um calendário grande eventos em agosto, setembro e outubro, que serão importantíssimos para gerar fluxo turístico”, ressalta.
Ainda de acordo com os dados do Observatório de Turismo, as atividades que tiveram maior saldo negativo de empregos, ou seja, mais desligamentos do que contratações, foram Restaurantes e Outros Estabelecimentos de Serviços de Alimentação e Bebidas (1,9 mil), e Hotéis e Similares (600). Nesses segmentos, o perfil predominante dos profissionais desligados foi de mulheres com ensino médio completo, de 18 a 39 anos.
(*) Crédito da foto: Pixabay