Como todo bom filho à casa torna, a OYO Hotels & Homes deixa de lado, pelo menos, momentaneamente, seus planos de expansão na China e nos EUA. A rede recua em seus principais mercados para mirar seus esforços na Índia, sua terra natal, e em outras regiões como sudeste asiático e Europa.

De acordo com o Skift, Ritesh Agarwal, CEO da OYO, detalhou sua nova estratégia em uma discussão Reuters Next Newsmaker, realizada ontem (7). Mas o redirecionamento não significa que a empresa indiana, que parecia valorizar o crescimento a qualquer custo, sairá dos mercados chinês e norte-americano.

Argawall afirma que pretende dobrar sua presença nas praças prioritárias. Já no Brasil, a OYO realizou importantes mudanças no início deste ano, e parece estar cada vez mais distante da hotelaria tupiniquim, onde fincou sua bandeira em 2018.

OYO: regiões em destaque

Nos seis meses encerrados em dezembro de 2019, de acordo com a Skift Research, as maiores regiões geográficas da rede – por margem de contribuição – que é a receita após custos variáveis ​​específicos do segmento – foram Índia (53%), China (25%) e, em seguida, os EUA (7,8%).

O CEO ressaltou ainda que a OYO, apesar de ter escala na China, possui alto custo de aquisição de clientes, que levaram a empresa a margens 5% mais baixas comparadas a outros mercados.

“Embora ainda continuemos a operar na China e a crescer, ao mesmo tempo, nossa estratégia de alocação de capital é projetada para dobrar em mercados com liderança e alta força econômica”, disse Agarwal.

Lembrando como a empresa cambaleou em 2020, o executivo disse que em abril do ano passado sua receita despencou 66% em 30 dias. Em outubro do mesmo ano, antes da Índia ser fortemente impactada pelo Covid-19, a OYO já falava em recuperação, afirmando que sua contagem de UHs havia caído apenas 16% – para 1 milhão de quartos.

Sem atualizar o total de apartamentos em seu portfólio, Argawall afirmou que nos EUA, após o Memorial Day (30 de maio), os números da rede ultrapassaram os níveis pré-pandêmicos.
Em outras ocasiões, o executivo não deixou claro se pretende abrir o capital da empresa, mas observou que a OYO vem monitorando o mercado de ofertas na Índia e não descartou uma possível fusão.

(*) Crédito da foto: Divulgação/OYO Hotels & Homes