Em meio a reestruturação interna dos últimos meses, a Othon Hotéis informou aumento de 8% na diária média durante o primeiro semestre. A comparação foi feita com o mesmo período em 2019 — antes da pandemia. Os dados, de acordo Jorge Chaves, diretor Comercial e Operacional da rede, são frutos, principalmente, do reposicionamento do Rio Othon Palace. A estratégia com o empreendimento têm sido atacar novos nichos.

“É o nosso carro-chefe e, devido a pandemia, precisávamos de mudanças na forma de se portar ao mercado. Foi neste cenário que criamos demandas que não faziam parte do universo desta unidade, inaugurando coworking, spa e, futuramente, um espaço kids”, afirma o executivo. Isso, de acordo com o executivo, ajudou a definir prioridades e não diminuir a tarifa para atrair público.

Em razão da rigidez das viagens nos últimos meses, Othon Hotéis decidiu continuar com um preço competitivo aos que ainda o pagavam. Isso, de certa forma, impactou em uma ocupação mais baixa, porém mais rentável na maioria dos hotéis. “É a valorização do serviço que oferecemos, com perspectiva de manter este crescimento na diária média até o fim do ano ou até aumentar. A segunda opção depende da demanda”, complementa.

Ainda sobre a primeira metade de 2021, Chaves cita uma melhora ante o segundo semestre de 2020, quando o país ainda sofria com a primeira onda da Covid-19. Até neste cenário, segundo ele, a queda dos índices durante a segunda onda foram menores, tendo em vista que a Othon Hotéis apresentou níveis próximos aos de 2019.

” A vacinação nos ajudou a equilibrar os impactos nos resultados. Os clientes já sabiam como lidar minimamente com a pandemia e os hotéis estavam com protocolos sanitários ainda mais afiados. Não foi um período extremamente positivo, mas passou longe das perdas do ano passado”, explica o diretor.

Othon Hotéis

Chaves: unidades alcançaram breakeven na primeira metade de 2021

 

Othon Hotéis: segundo semestre

Com perspectivas mais otimistas, a Othon Hotéis já identifica crescimento na ocupação de agosto, principalmente de segunda a quinta. O destaque continua no turismo de lazer, que promove aumentos percentuais na ocupação semana a semana, chegando até 70% de segunda a quinta. Além disso, a reabertura do Savoy Othon, fechado há alguns meses, em setembro, promete ampliar os resultados da companhia.

“Para o próximo mês já temos cerca de 40% das reservas feitas, mas podemos chegar a 60%. É uma margem boa para um hotel que estava fechado”, diz. Já no Rio Othon Palace, a proximidade com o verão coloca a tendência de ocupação ainda mais alta em setembro.

Aliado ao lazer, Chaves cita também o retorno dos eventos corporativos de médio porte. Para o mesmo período, por exemplo, o Palace terá encontros de negócios todas as semanas. No que diz respeito aos eventos de lazer, a volta do Réveillon também promete contribuir para melhorar a movimentação turística. A dose de reforço na imunização e a reabertura de atrações também estão nesta conta.

Até o final do ano, a expectativa de recuperação da Othon está entre 60% e 70% dos patamares registrados em 2019. O planejamento para isso conta com o retorno do mercado internacional e a manutenção ou aumento da demanda doméstica atual.

Expansão

Após leiloar a unidade em Belo Horizonte, a Othon Hotéis está arrumando a casa, aproveitando também a pandemia para isso. Até por isso, a expansão da rede, de acordo com Chaves, não foi ambição nos últimos meses, visando reduzir custos nas unidades e melhorar a capacidade financeira.

Já para 2022, o quadro é mais otimista, com o esperado enfraquecimento da pandemia e resolução dos deveres internos. “Vamos retornar com o posicionamento mais agressivo e de expansão no território nacional. A reestruturação é o foco, mas já vislumbramos propriedades nas principais capitais, principalmente São Paulo”, conclui.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Othon Hotéis