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Os próximos cinco anos serão de expansão e consolidação para o Louvre Hotels Group. Com um plano estratégico robusto, que engloba investimentos maciços em ativos, adoção de novas tecnologias e fortalecimento de seu posicionamento no segmento midscale, a rede francesa também movimentará suas peças no mercado brasileiro.

O grupo tem planos de renovar 80% de seus empreendimentos ao redor do globo, com foco em bandeiras como Campanile, Kyriad e Première Classe. A estratégia da rede visa elevar a flexibilidade e gerar mais oportunidades de negócios e desenvolvimento, reforçando serviços oferecidos aos franqueados.

A meta ainda prevê a criação de uma plataforma de serviços, redesenhando seu sistema de compras e programas de fidelização, além de otimizar ferramentas de TI e comércio eletrônico. O plano estratégico da Louvre está pautado em três fases: até 2025, gerir, definir e implementar o novo plano e modelo de negócio, redefinindo os fundamentos de cada marca; impulsionar o crescimento orgânico, entre 2026 e 2027; e, em 2028, explorar oportunidades adicionais.

Em entrevista à reportagem do Hotelier News, Paulo Michel, CEO da rede no Brasil, destaca a reformulação de produtos brasileiros, bem como a expansão das marcas Golden Tulip, hotéis de categoria upscale, Tulip Inn, hotéis de categoria midscale e Royal Tulip, hotéis e resorts de categoria upper upscale. “Com a elevação de qualidade, vamos proporcionar um produto melhor ao cliente. O plano da rede também engloba o avanço em serviços prestados, incluindo marketing e RM; incremento de diária média e eficiência de custos; reorganização e valorização de talentos; melhorias em sistemas de distribuição e operação”, revela o executivo.

As iniciativas de desenvolvimento têm como meta promover um crescimento em escala do portfólio de 40%, saindo de 150 mil UHs para 200 mil até 2028.

Distribuição na ponta da estratégia

Com foco em distribuição, o Louvre contará com um novo sistema CRS, que será implementado ao longo de 2025. Michel conta que a proposta é ganhar eficiência, de olho no ganho de produtividade operacional dos hotéis. “Hoje, nem todos os empreendimentos utilizam os mesmos sistemas operacionais. A meta é unificar e padronizar as plataformas para obter escala. Também vamos impulsionar as vendas diretas, com a interligação de uma distribuição global, conseguindo melhores negociações em matéria de comissionamento”, diz o CEO, que acrescenta que em 2023 o mercado brasileiro subiu 13% em vendas diretas frente a 2022.

No âmbito operacional, a rede fará novas contratações, com investimentos em treinamentos de equipes para gerir as ferramentas agregadas.
Os serviços disponíveis incluirão assistência técnica e de design para apoiar investidores em reformas hoteleiras, otimização de receitas e política de preços, bem como uma plataforma de compras renovada para maior eficiência. Além disso, as ferramentas digitais de gestão e reserva (como CRS ou PMS) serão otimizadas para facilitar as operações diárias do hotel e garantir maior rentabilidade aos parceiros.

Renovações e desenvolvimento

Não é de hoje que o Louvre vem promovendo reformas em suas unidades. Antes da pandemia, o Royal Tulip Brasília Alvorada recebeu um aporte robusto em melhorias de suas acomodações. No ano passado, a rede desembolsou R$ 7 milhões em renovações de produto. Para 2024, a previsão é de injetar mais de R$ 8 milhões em modernizações no Brasil.

Com dez marcas globais, o Louvre opera apenas três em solo brasileiro (Royal Tulip, Golden Tulip e Tulip Inn). No total, a empresa conta com 15 hotéis em operação e outros cinco em construção com contratos assinados. “Nosso plano está alinhado com as metas globais da empresa. Pretendemos impulsionar as marcas Tulip Inn e Golden Tulip, voltadas para o segmento midscale e upscale, pois são bandeiras que o mercado brasileiro tem boa absorção”, avalia Michel.

Paulo Michel

CEO fala sobre estratégias no Brasil

Planos estratégicos de cinco anos são tradicionais no Louvre. O último, encerrado em 2023, foi de reestruturação da rede, com superação de metas. Segundo Michel, o grupo ultrapassou em 26% a receita total de 2022, superando em 8% o que havia sido orçado, além de um aumento de 20% na diária média YoY.

Em termos de resultados gerais, o grupo fechou 2023 com um aumento 35% em relação a 2022, superando 11% o que havia sido orçado. Além de garantir um GOP consolidado de 34,8% garantindo excepcionais distribuição de resultados aos nossos investidores.
“O que prevemos para os próximos cinco anos é um crescimento de portfólio de 100% no Brasil. Se hoje contamos com 15 em operação e cinco em construção, a meta é chegar a 40 propriedades”, revela.

Para a Royal Tulip, por ser uma bandeira de categoria upper upscale / luxo, seu desenvolvimento é mais exclusivo e exige padrões mais elevados para ser implantado. “Onde a marca opera, está muito bem posicionada. Nossos três empreendimentos Royal Tulip operam com bons resultados em Brasília (DF), Ribeirão Preto (SP) e Holambra (SP)”, diz.

Michel deu um spoiler, revelando que a rede pretende desenvolver novos empreendimentos em regiões que já atua e suas proximidades. “É uma forma de gerar sinergia, porém não descartamos a penetração em novos mercados. Nosso foco são hotéis acima de 120 UHs”.
Vale lembrar que o Louvre não é proprietário dos hotéis, apenas os opera. Do portfólio brasileiro, cinco são franquias. “Atuamos ainda com licenciamento de bandeira; licenciamento com gestão comercial e administração total”, pontua o CEO.

Agenda ESG em destaque

No ano passado, o Louvre iniciou um projeto de mudança influenciado pela agenda global de ESG. “Começamos as ações ainda no início de 2023. Em nossa convenção anual, observamos nosso grau de maturidade no tema e assinamos um compromisso com os gerentes para evoluirmos na ESG e superamos nossa meta em 10%”, diz Michel.

Com a proximidade da convenção de 2024, marcada para o dia 21 de fevereiro, o Louvre deve anunciar novidades sobre o assunto. “Vamos ter mais detalhes sobre os próximos passos. Tudo vai girar em torno de produtos, reformulação e agenda ESG”, finaliza.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Louvre Hotels Group