Com a chegada da pandemia e suas adaptações, hotéis e escritórios corporativos viram suas demandas desaparecerem, muitas vezes tornando-se espaços subutilizados. Sabendo da falta de aproveitamento desses imóveis, a HotelCare anuncia sua nova aposta de mercado focando em serviços integrados de triplo uso.

O Hotel, Home & Office visa utilizar a estrutura dos hotéis como escritórios e residências ou vice-versa, adaptando suas instalações com retrofit. A proposta é que todos os tipos de uso tenham as mesmas facilidades como limpeza, arrumação, recepção e segurança de controle de acesso.

Outro ponto importante é que muitos destes edifícios, em especial os hotéis, têm estrutura com restaurantes e bares, fomentando um “lounge” de convivência e serviços de gastronomia, além de fitness center. Muitos ainda podem reverter os espaços de reuniões para mais apartamentos, quando viável e se aprovado pelos órgãos públicos.

“Alguns projetos que estamos participando tiveram que ser repensados, sobretudo porque ainda estão em desenvolvimento e construção e – sim – dá tempo de adaptar à nova e inesperada realidade do mundo imobiliário e hoteleiro. Já temos negociações avançadas em algumas capitais e cidades médias”, esclarece Ronaldo Albertino, CEO da HotelCare.

HotelCare: próximos passos

A HotelCare, que já vinha realizando ajustes em seu portfólio, integrou recentemente mais unidades a sua gestão. Com as mudanças de cenário observadas nos últimos meses, o impacto no setor de turismo e edifícios comerciais abrem espaço para novas oportunidades, impulsionados também pela digitalização do segmento.

“Em, no máximo cinco anos, a tecnologia 5G vai transformar o mundo da hospitalidade, e temos que nos perguntar – buscando respostas sinceras – sobre o novo modelo de serviços. Não será mandatória a recepção como hoje conhecemos, mas será fundamental o acolhimento, a experiência, a atmosfera de cuidado e atenção. Podemos e devemos focar em serviços de qualidade que não são necessariamente mais caros, mas sim mais eficientes. A biometria vai superar o smartphone e os acessos serão automatizados e muito mais seguros, não precisará de contato humano nenhum e terá acesso autônomo, mas será acolhido pelo ambiente humanizado e agradável que atenda a todos: hóspede, morador e usuário do escritório”, finaliza Albertino.

E, de acordo com uma matéria publicada ontem (25) pelo Estadão, esse movimento já nas principais praças dos Estados Unidos, como é o caso de Nova York. Edifícios corporativos e hotéis boutique vem sendo transformados em espaços residenciais. “Para começar, os apartamentos devem ter pelo menos 15 metros quadrados, enquanto os quartos de hotel podem ser menores. E os apartamentos exigem cozinhas – embora os inquilinos possam compartilhar as instalações de cozinha em alguns conjuntos habitacionais”, disse Mark Ginsberg, diretor da Curtis+Ginsberg Architects, que desenvolve projetos a preços acessíveis.

(*) Crédito da foto: Divulgação/HotelCare