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Estar em meio à natureza com conforto e serviços de alto padrão se tornou um dos principais sinônimos de exclusividade no setor hoteleiro. Entretanto, aproveitar as belas paisagens que nosso país proporciona vem junto com um problema comum para muitos empreendimentos: o excesso de mosquitos e insetos. A questão, que até então parecia ser difícil de ser solucionada, agora já conta com uma tecnologia inovadora como resposta. Hotéis de luxo no Brasil estão adotando uma ferramenta que, além de eficaz, não prejudica a fauna e a flora locais.

Baseado apenas em tecnologia eletrônica, não gera resíduos e tampouco oferece riscos à saúde. Em lançamento para o mercado nacional a partir deste mês, o aparelho foi desenvolvido pela startup ucraniana Mosqitter, fabricado e distribuído no Brasil pela Indústria Elétrica Marangoni Maretti, empresa sediada no interior de São Paulo.

A solução não gera resíduos ou oferece riscos à saúde. Formada por multicomponentes de atração, a Mosqitter não funciona a partir de componentes químicos. De acordo com estudos científicos, os pernilongos não viajam mais do que 150 metros de seu local de nascimento. O aparelho promete interromper o ciclo de reprodução dos insetos em até quatro semanas e permite desfrutar de zonas livres de mosquitos num raio de até 50 metros – podendo alcançar 1,1 mil metros quadrados (m²).

Além de promover o bem-estar de hóspedes e funcionários, a solução também é eficaz no combate de insetos como o aedes aegypti, anopheles e culex ­– vetores de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela.

De acordo com Pedro Moreira, responsável pela Mosqitter no Brasil, são três os principais diferenciais do produto para os hoteleiros. “Primeiramente, vem o conforto dos hóspedes, que terão ampliada sua sensação de bem-estar e relaxamento. Em seguida, a imagem positiva de usar uma solução ecologicamente correta, que pode ser sinalizada e destacada por placas na propriedade. Por fim, a rentabilidade, já que não é preciso interromper a operação para fazer o controle”, explica.

A principal técnica de controle usada hoje ainda é a termonebulização, como são chamados os “fumacês”, porém são soluções caras, químicas e antiecológicas porque matam outros animais além de pernilongos, além de demandarem fechamento dos hotéis por alguns dias.

Atualmente, a solução Mosqitter possui quatro clientes no setor hoteleiro, todos voltados para o segmento de luxo. Além da hotelaria, a empresa ainda atende clubes de campo, restaurantes e condomínios. Sobre a penetração no segmento de hotéis, Moreira revela que o plano da empresa é atingir cerca de 3% da oferta no mercado brasileiro nos próximos anos.

Pedro Moreira

Bem-estar é um dos benefícios, diz Moreira

Solução ecológica e de baixo impacto

Empreendimento de alto padrão no Mato Grosso do Sul, a Fazenda Caiman sofria com os pernilongos em suas áreas ao ar livre — o que gerava reclamação por parte dos hóspedes. O hotel adotou a Mosqitter visando melhorar a qualidade de sua hospedagem, e lançou mão do equipamento eficaz e ao mesmo tempo sustentável.

“O Pantanal é uma região conhecida pela presença de mosquitos e pernilongos. No caso da Fazenda Caiman, os hóspedes não tinham conforto em áreas ao ar livre, como da piscina e espaços de convivência”, explica Moreira.

Por se tratar de um empreendimento voltado para o ecoturismo, a Fazenda Caiman tinha ressalvas quanto a utilização de produtos tóxicos e venenos para combater os insetos. Após três meses de uso dos equipamentos da empresa, a pousada observou a ausência dos pernilongos.

Segundo Luciana Fabbri, gerente geral da Caiman, foi possível identificar uma drástica redução de pernilongos, sem impactar importantes espécies biológicas. “Nossos hóspedes se sentiram confortáveis no uso da piscina. Nossa equipe que opera o bar, ao longo do ano, relatou grande diferença, praticamente sem pernilongos em áreas que anteriormente havia grande presença dos insetos. Nós recomendamos o uso do dispositivo para esta finalidade e estamos planejando expandir a área de cobertura em nosso estabelecimento”.

“Após 20 dias, a pousada notou a redução de picadas de insetos. Em um ambiente controlado, nossa tecnologia pode diminuir em até 93% de picadas em humanos sem o uso de químicos”, destaca Moreira.

Com duas máquinas em operação, a Caiman destaca que a redução foi ainda mais latente durante o verão, quando a incidência de pernilongos é maior, sem agredir o meio ambiente em seu entorno.

Uma das principais hospedagens de luxo de São Paulo, o Rosewood Hotel, na região da Avenida Paulista, é outro usuário recorrente da solução Mosqitter. Há mais de seis meses, o hotel estava utilizando duas máquinas em seu jardim externo e, após constatar ótima eficácia, está contratando mais cinco equipamentos para outras dependências.

mosqitter - interna

Tecnologia não afeta outras espécies

Como funciona

Por meio de cinco formas de atração controladas e otimizadas por um software patenteado, dentre as quais pequenas quantidades de CO2 e um feromônio, o equipamento consegue despertar a atenção das fêmeas – as únicas que picam os humanos. Com uso contínuo, com a Mosqitter ligada 24h por dia, a ideia é retirar quantidade de fêmeas daquele ambiente, interrompendo ciclo de reprodução e obrigando machos a migrarem dali por escassez de potenciais companheiras.

Vale destacar que, apesar de estar conectado ininterruptamente, o equipamento da Mosqitter oferece um baixo consumo de energia de apenas 150 Watts, não impactando significativamente nos custos de eletricidade.

Melhoria na experiência e produtividade

“Avaliamos a planta do local, fotos e vídeos. Alguns casos são simples, enquanto outros são mais complexos. A localização do equipamento tem um peso grande na eficácia da solução”, acrescenta Moreira.

O executivo ressalta que, além de oferecer uma experiência mais tranquila aos hóspedes, a Mosqitter é promissora quando se trata de custo agregado, otimização de tempo de equipes e produtividade. “É uma tecnologia que facilita o dia a dia dos hotéis e permite que os colaboradores que estavam no controle desses insetos, como a manutenção, dediquem seu tempo a outras atividades”.

(*) Crédito das fotos: Divulgação/Mosqitter