Desde 2020, com o início do isolamento social e aumento dos casos de Covid-19, a confiança em viajar para fora do país ficou abalada. Além do temor pela pandemia, de maneira geral os destinos internacionais levaram mais tempo para abrirem suas fronteiras – ou ainda, definiram regras para quarentena e apresentação de testes negativos, o que atrapalhava os planos de turistas, que precisariam lidar com mais burocracias e gastos.

Naquele contexto, as viagens nacionais tornaram-se a preferência geral, também pelo sentimento de segurança de estar “em casa” e pela facilidade em comunicar-se e acessar atendimento médico, caso necessário.

Hoje o cenário é outro. Atualmente, com os preços de viagens domésticas aquecidos, avanço da vacinação e queda de casos graves, a demanda está mais confiante e propensa a abrir o leque de destinos e conhecer outros países.

É algo que temos observado no Zarpo. Comparando reservas para viagens internacionais realizadas entre janeiro e março de 2022 e 2023, o número mais do que dobrou neste ano. Não só isso: viagens para fora passaram a representar uma porcentagem maior do total de vendas.

Corroborando com o aumento de reservas, os acessos à nossa coleção de hotéis na Argentina tiveram um aumento de 36,5%, comparando março do ano passado e deste ano. A página de hotéis em San Andrés e Cartagena, na Colômbia, teve o maior aumento: 55% mais acessos no primeiro trimestre de 2023 versus o primeiro trimestre de 2022.

Além do contexto pós-pandemia, enxergamos alguns motivos pelos quais as viagens internacionais estão em alta.

Primeiro, os preços. Viajar para fora pode não ser necessariamente mais barato, mas em alguns casos o orçamento pode ser bastante similar. De acordo com o destino escolhido existem voos frequentes, diretos (dependendo da origem) e que podem ser encontrados com boas tarifas.

Por exemplo, as passagens de ida e volta para o mês de maio, saindo de São Paulo com destino a Maceió, em Alagoas, saem por volta de R$ 1.200, enquanto as passagens para Buenos Aires, na Argentina, ficam em R$ 1.400, aproximadamente. Para ambos os destinos são voos diretos, cotados para datas próximas e sem despacho de bagagem (preços consultados em 05/04/2023).

Quanto à hospedagem, algo parecido: no Zarpo temos resorts All-Inclusive em Punta Cana, destino caribenho da República Dominicana, com diárias na casa dos R$ 800, mesmo preço de resorts com experiência All-Inclusive em Porto Seguro, na Bahia.

Outro motivo é o câmbio. A viagem internacional pode valer a pena considerando que a conversão do Real para a moeda local, como o Peso Argentino e o Peso Chileno, está em um bom momento para brasileiros.

Por último, a facilidade para ingressar em alguns países, especialmente citando aqueles do Mercosul, são um atrativo inegável para conhecer países vizinhos. Para embarcar para a Argentina, Uruguai e Chile, por exemplo, brasileiros precisam apenas do RG expedido em menos de 10 anos e em bom estado de conservação.

É verdade que a escolha do destino e decisão entre nacional ou internacional é particular e leva em conta inúmeros outros motivos. Preferências pessoais, configuração familiar, tempo de voo e facilidade com o idioma, para citar alguns deles. Mas é importante considerar que viagens internacionais são motivo de aspiração enraizado no imaginário. E é ótimo que conhecer novos países seja uma possibilidade novamente!

Para concluir, ainda que viagens internacionais não sejam nosso principal foco atualmente, nosso site tem opções de hotéis, resorts e pacotes para além das fronteiras, especialmente em destinos na América do Sul e no Caribe. Essas viagens vêm se destacando entre as reservas; é uma tendência que vamos acompanhar de perto nos próximos meses, fechando parcerias, negociando tarifas e reforçando divulgações.


Daniel Topper entrou no Zarpo em janeiro de 2020 como CEO. Ele acumula cerca de 15 anos de experiência em empresas de e-commerce e tecnologia, tanto na Europa quanto na América Latina, com passagens pela Cdiscount, Via Varejo, Loggi e Mirakl. Nascido na França, em Paris, Daniel tem 36 anos e vive no Brasil desde 2014. Ele tem um MSC em Management pela HEC Paris.

(*) Crédito da foto: Divulgação/Zarpo