Hotelaria
(foto: jeffersonworldtrip.blogspot.com.br)

O governo federal anunciou hoje (17) a criação de um comitê interministerial para acompanhar os preços, as tarifas e a qualidade dos serviços durante a realização da Copa do Mundo de 2014. O órgão foi criado por determinação direta da presidente Dilma Rousseff.

A instância será coordenada pela Casa Civil e terá a primeira reunião técnica na próxima semana, no dia 24. “Não tabelamos, nem tabelaremos preços, mas nós não permitiremos abusos. Vamos utilizar todos os instrumentos à disposição do Estado para garantir a defesa dos direitos do consumidor”, enfatiza a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.

Antes do encontro inaugural do comitê, o ministério da Justiça prevê entrar em contato com os Procons das 12 cidades-sede do mundial para fazer um diagnóstico detalhado dos preços e das qualidades de serviços em hotéis, aeroportos e outros serviços turísticos. O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) também deve ser acionado pela pasta a fim de obter uma análise sobre os setores aéreo e hoteleiro no Brasil.

O comitê é composto pelos ministérios do Esporte, Justiça, Turismo, Fazenda e Saúde, além da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

Histórico de tarifas
Foram muitas as iniciativas criadas para tentar evitar que haja a prática abusiva de preços durante os grandes eventos esportivos no País. Após a criação do Observatório Turístico do Estado do Rio de Janeiro e da assinatura do termo de compromisso entre representantes da hotelaria e o MTur (Ministério do Turismo), o Ministério da Justiça também anunciou um projeto de ações conjuntas para atuar no controle dos valores praticados no período.

Mesmo assim, recente estudo do Embratur (Instituto Brasileiro do Turismo) aponta que os preços para a Copa do Mundo de 2014 têm aumentos exorbitantes, superando os 500%. A questão foi debatida há algumas semanas por representantes da hotelaria nacional. Os participantes ainda se mantêm resistentes às inciativas do governo quanto à questão de controle tarifário, criticando iniciativas como a Pesquisa Internacional de Preços da Hotelaria.

Serviço
www.casacivil.gov.br