A Microsoft começa aos poucos a mostrar como pretende transformar o ChatGPT, sua mais nova aposta em inteligência artificial. A empresa investiu mais de US$ 10 bilhões na OpenAI, desenvolvedora da ferramenta. Agora, a companhia está buscando uma forma de mesclar a tecnologia com publicidade, e isso pode ter efeitos consideráveis na hotelaria, que passa por intensa transformação digital.

Em artigo publicado recentemente no Hotelier News, Thais Faccin, sócia-proprietária da Jahe Marketing, pontua que o ChatGPT pode ser uma ferramenta valiosa na indústria da hospitalidade de várias maneiras, atuando no atendimento ao cliente, personalização, estratégias de marketing, feedbacks e serviços de concierge. Ela ressalta, inclusive, que o recurso terá papel fundamental em estratégias de anúncios no setor.

Nas últimas semanas, a Microsoft realizou uma série de roadshows para divulgar a ferramenta. Nessas ocasiões, executivos da empresa se reuniram com agências de publicidade de todo o mundo. O objetivo era promover investimentos em mídia paga no Bing, buscador que compete com o Google. Segundo a companhia, com o ChatGPT, os anunciantes poderão incorporar links às respostas que o chatbot fornece nas pesquisas feitas em seu serviço de busca.

Impacto no turismo

No turismo, o ChatGPT também poderá ser um grande aliado. Por exemplo, ao perguntar à inteligência artificial qual é a cidade mais indicada para visitar na Espanha, o serviço poderá fornecer, além de uma resposta baseada em resultados obtidos na internet, o preço médio de passagens aéreas e reservas de hotéis. Tudo acompanhado de links clicáveis que poderão redirecionar o internauta para páginas de compra, facilitando toda a jornada, aponta o NeoFeed.

Para que isso seja feito, por outro lado, as empresas precisarão comprar anúncios junto à Microsoft. As propagandas, feitas em formato de texto ou com anúncios multimídia, serão exibidas tanto no resultado das buscas do Bing, quanto nas respostas dadas pela inteligência artificial, sem a necessidade de criar campanhas separadas para buscador e chatbot.

(*) Crédito da capa: Unsplash