Segundo divulgado na semana passada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice de desempregados no Brasil recuou para 11,6% no trimestre encerrado em novembro de 2021. No ano passado, foram abertos 2,73 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, de acordo com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o que pode ter influenciado na queda de pessoas sem emprego.

Ao longo do ano, foram registradas 20.699.802 admissões e 17.969.205 desligamentos, segundo informado pela Agência Brasil. Em novembro, foram abertas 324 mil empregos formais, seguido por 265,8 mil em dezembro. Para o período, foram registradas 1.437.910 contratações e 1.703.721 demissões.

O resultado representa melhora na comparação com 2020, quando foram fechadas 191.455 vagas formais. Inicialmente, em janeiro de 2021, o governo chegou a informar que haviam sido criadas 142 mil vagas em 2020. Entretanto, esse número foi revisado, e o país passou a contabilizar fechamento de postos de trabalho.

Contratações temporárias

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, afirma que o resultado para o mês de dezembro era esperado. “Como ocorre rotineiramente no Brasil, temos as comunicações de demissão principalmente daqueles funcionários que trabalham no regime temporário”, comenta.

“O saldo negativo faz parte fundamentalmente dos trabalhadores temporários. Mas esse saldo aplicado sobre o acumulado do ano nos dão saldo positivo na geração de empregos com carteira assinada no Brasil, da ordem de 2,7 milhões de postos de trabalho”, acrescentou Lorenzoni.

Resultado regional

As cinco regiões apresentaram saldo positivo de contratações ao longo de 2021. No Sudeste foram criados 1.349.692 postos de trabalho (crescimento de 6,8%); no Sul, o saldo foi de 480.771 postos a mais (alta de 6,61%); no Nordeste foram criados mais 474.578 postos (7,58%); no Centro-Oeste, o acréscimo foi de 263.304 vagas (8,07%); e a Região Norte teve incremento de 154.667 empregos formais (8,62%), ainda de acordo com dados do Caged.

Em dezembro, no entanto, as cinco regiões do país registraram saldo negativo no número de empregos formais. A região que perdeu mais vagas foi a Sudeste, com uma queda de 136.120 postos de trabalho (-0,64%).

A queda na região Sul ficou em 78.882 vagas (-1,01%), enquanto nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte apresentaram saldos negativos de 21.476 (-0,61%); 15.823 (-0,23%); e 13.375 vagas (-0,68%), respectivamente.

Sobre os segmentos que mais contrataram , Caged destaca o setor de serviços, com 1.226.026 vagas criadas. Foram 9.284.923 admissões ante a 8.058.897 desligamentos.

O setor de comércio agregou outras 643.754 vagas (4.889.494 admissões e 4.245.740 desligamentos), enquanto a Indústria gerou 475.141 novas vagas (3.352.363 admissões e 2.877.222 desligamentos) em 2021.

As atividades de construção criaram 244.755 vagas (2.017.403 admissões e 1.772.648 desligamentos), enquanto agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura teve 140.927 novas vagas com carteiras assinadas (1.155.619 admissões e 1.014.692 desligamentos).

O estoque (quantidade total de vínculos formais ativos) no acumulado do ano apresentou variação de -0,64% (na comparação com 1º de janeiro de 2021).

O salário médio de admissão registrado em dezembro foi de R$ 1.793,34. Na comparação com o mês anterior (novembro), o aumento real ficou em R$ 1,51, o que corresponde a alta de 0,08%.

(*) Crédito da foto: Agência Brasília