Com objetivo de cortar barreiras e aumentar margens de ganho nas transações, a Booking.com anunciou a criação de uma fintech própria. A subsidiária deseja depender cada vez menos de terceiros e, por consequência, melhorar a atuação em quesitos transacionais.

A movimentação agora servirá para remover essas etapas de pagamento futuramente. A fintech será comandada por Daniel Marovitz, vice-presidente do setor de fintech/pagamentos da Booking. A nova unidade terá duas sedes: Amsterdã, capital da Holanda, e Shangai, na China. O time relacionado a isso terá ainda aumento de 400 funcionários até o final de 2021.

A unidade de fintech, portanto, será independente em sua atuação. Entre as funções já prescritas, está também o desenvolvimento de novos produtos que aumentem a eficiência e criem potenciais fontes de receitas a Booking.com. Por fim, a fintech também ajudará na segurança dos processos de pagamento e melhor processamento dos dados.

Além disso, a companhia informou recentemente firmou uma parceria para oferecer hotéis em plataforma corporativa.

Booking.com: motivações

De acordo com Marovitz, a combinação de transações internacionais e de moeda cruzada é um ponto problemático. “É uma oportunidade que o mercado nos fornece de preencher a lacuna entre as diferentes formas de pagamentos oferecidas no turismo. A fintech chega para reduzir atritos e aumentar o valor agregado que temos como intermediários de viagens no mundo”, explica.

Além disso, o executivo fala da peculiaridade do mercado turístico, tratando-o como seara diferente de outras com relação ao e-commerce. “O intervalo de tempo entre o compromisso do cliente e o horário da viagem pode ser enorme. Muitas pessoas reservam e pagam suas viagens com até um ano de antecedência, o que cria atrito no fluxo de caixa para viajantes e fornecedores”, finaliza.

O processo de crescimento da fintech, no entanto, já era planejado e se concretiza agora.

(*) Crédito da foto: Riccardo Giorato/Unsplash