O ano começou bem para a Atlantica Hospitality International. Isso porque, após encerrar 2022 com alta de 52% na receita em relação a 2019, a operadora fechou o primeiro trimestre de 2023 com incremento de 46% no indicador frente ao mesmo período do ano passado, projetando fechamento anual acima dos R$ 2,2 bilhões.

O fechamento do primeiro trimestre confirma as expectativas ambiciosas da Atlantica para 2023, visto que o resultado mantém o ritmo acelerado de crescimento observado no segundo semestre do ano passado. No período, foram sete aberturas, sendo quatro hotéis e três residenciais. A rede apresentou ao mercado, entre outros, o Hilton Garden Inn em São José do Rio Preto (SP) e os dois novos residenciais Eloitte George V.

Além disso, a diária média teve crescimento de 35% nos três primeiros meses de 2023, comparado ao mesmo período do ano anterior. As atividades de desenvolvimento também largaram com grande intensidade. Entre janeiro e fevereiro deste ano, a Atlantica firmou duas novas parcerias com as incorporadoras ONE e Moura Dubeux. Os dois contratos adicionaram 58 empreendimentos e aproximadamente 13 mil novos studios de residenciais com serviços ao portfólio da operadora. Com isso, o pipeline desse segmento já supera 100 empreendimentos para os próximos três anos.

“O início de 2023 serve para confirmar que estamos no caminho e na velocidade correta, não somente para os desafios deste ano, como também para um novo ciclo de crescimento para os próximos cinco anos. Isso fortalece nossa confiança, bem como a de nossos acionistas, no potencial do setor de hospitalidade e turismo no Brasil”, afirma Eduardo Giestas, CEO da Atlantica.

Resultados 2022

No ano passado, os fatores que mais influenciaram o crescimento da receita foram, primeiramente, o aumento de 27% no número de quartos, e a diária média, que também cresceu 27%, quatro pontos acima da inflação acumulada no período. Com esse patamar de receitas, a margem de GOP (Gross Operating Profit) ficou entre 34% e 35%.

Somente em 2022, a Atlantica concluiu a integração de 24 hotéis da Transamerica, além de outras 12 aberturas, incluindo a primeira operação do Park Plaza by Radisson no Brasil. Além dessas aberturas e conversões, o ano foi marcado pela intensa atividade de fortalecimento do pipeline. Foram adicionadas 53 novas unidades, com cerca de 9,5 mil quarto a serem abertas nos próximos três anos, incluindo dois contratos da marca Motto by Hilton, que serão os primeiros da América do Sul.

Os segmentos de multipropriedade e residenciais com serviços contribuíram para esse crescimento. No primeiro, foram assinados três contratos, marcando a entrada da Atlantica nesse mercado, que é visto como vetor fundamental de crescimento do turismo e lazer. Já nos residenciais com serviços, foram assinados 40 contratos, com cerca de 7,5 mil quartos.

Além da expansão considerável e da recuperação de preços, 2022 foi caracterizado por importantes iniciativas para atender às demandas dos hóspedes. Visando uma atuação mais customizada, a administradora passou a investir cada vez mais em seu canal direto, responsável por 23% das vendas durante o ano. Elas foram impulsionadas, principalmente, pelo canal de e-commerce Reserve Atlantica, que teve crescimento de 282% na receita em comparação a 2019.

No período, a empresa também lançou seu programa de fidelidade, o Let’s Atlantica, que hoje já conta com mais de 550 mil membros. As pautas envolvendo ações ESG também foram prioridade na agenda da Atlantica, motivo pelo qual a administradora desenvolveu projetos de responsabilidade social e ambiental. Por isso, 70% dos empreendimentos administrados pela companhia substituíram seus amenities de plástico por dispensers recicláveis, reduzindo em 12 vezes o volume de plástico utilizado. Além disso, 25% das propriedades já utilizam fontes renováveis de energia e diversas iniciativas visam a redução do consumo de água, gestão de resíduos e reciclagem.

“O ano de 2022 não foi memorável apenas pelos resultados obtidos, mas também por encerrarmos de forma muito positiva um ciclo de cinco anos, com números precisamente alinhados com o planejado. Mesmo com uma pandemia dentro desse período, conseguimos dobrar a quantidade de empreendimentos e quartos em operação, triplicar a receita dos hotéis e atingir uma alta margem de GOP, amplificando nossa expectativa para o futuro”, completa Giestas.

Desafios para 2023

De acordo com a empresa, o grande desafio para este ano é crescer 30% em receita e se aproximar de 40% da margem de GOP. Essa receita deverá ser impulsionada pelo potencial aumento de 8% no número de quartos, a partir das 26 aberturas já programadas, sendo 13 hotéis e 13 residenciais no formato de aluguel flexível, fechando o ano com cerca de 200 hotéis no portfólio.

Outros vetores de crescimento serão o RevPar, que deve crescer 23% frente ao ano passado, e a diária média, com potencial crescimento de 15%. As projeções para o programa de fidelidade também são otimistas, prevendo alcançar 1 milhão de membros ainda neste ano.

Na vertical de hotéis, os empreendimentos Transamerica passarão por um processo de rebranding, com identidade visual e conceito de produtos revisitados. Por fim, projetos de eficiência operacional também estão em evolução na Atlantica, como o novo marketplace para hotéis, o Provera. Trata-se de uma plataforma estruturada, que possibilitará ganho na escala de cotações de compras ao oferecer mais de 10 mil itens pré-negociados em um único local.

(*) Crédito da capa: Divulgação/Atlantica Hospitality International