Após fechar acordo com o governo do Catar para administrar apartamentos e villas durante a Copa do Mundo de futebol, a Accor anunciou que contratará 12 mil trabalhadores temporários para atender à alta da demanda para o maior evento esportivo do planeta, segundo o Skift.

A gigante francesa terá como responsabilidade operar 65 mil quartos em apartamentos e residências ao redor do país sede da Copa. A parceria firmada entre o país e a rede tem o objetivo de evitar a escassez de acomodações durante o torneio.

“Operar 65 mil quartos é como abrir 600 hotéis. Então, nos comprometemos a contratar pessoas suficientes para atender a esta demanda”, afirma Sébastien Bazin, CEO global da Accor, acrescentando que uma campanha está em andamento em regiões como Ásia, África, Europa e América do Sul para recrutar governantes, recepcionistas, especialistas em logística, entre outros.

Alta procura eleva expectativas

O site oficial de acomodações da Copa do Mundo recebeu cerca de 25 mil reservas até agora e oferecerá mais de 100 mil quartos, segundo Omar Al Jaber, diretor executivo de Acomodações para Organizadores de Torneios do Comitê Supremo de Entrega e Legado. “Estaremos sob pressão até o primeiro jogo começar. Isso é normal e estamos prontos”, pontua o executivo.

O Catar espera 1,2 milhão de visitantes – quase metade de sua população – durante os 28 dias de torneio, que acontece entre novembro e dezembro. Hoje, o país possui menos de 30 mil quartos de hotel, segundo dados do Qatar Tourism. Além disso, o governo também está oferecendo 4 mil acomodações em dois navios de cruzeiro ancorados no porto de Doha.

Segundo Al Jaber, a reserva de quartos é obrigatória para torcedores que planejam visitar o país durante a Copa do Mundo. Bazin destaca que operar quartos de hotel em residências e apartamentos será um grande desafio logístico para a Accor, que também irá redistribuir sua frota de caminhões, carros e ônibus para suprir a escassez de veículos disponíveis no Catar durante a competição.

(*) Crédito da foto: Antoine Antoniol/Bloomberg